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Volta por cima: expectativa é que mercado de viagem corporativa atinja mais de US$ 2 tri até 2028

15 de Fevereiro de 2022

Depois da pandemia e das necessidades de isolamento social, aumenta a demanda por viagens de negócios, mas boa parte deste volume ainda não é gerenciado por plataformas especializadas

Marcelo Linhares, CEO da Onfly

O tamanho do mercado global de viagens de negócios deve atingir US$ 2.001,1 bilhões até 2028, crescendo a uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 13,2% de 2021 a 2028. Em 2020, ele foi avaliado em US$ 695,9 bilhões. A informação é do Business Travel Market, publicado na Valuates Reports.

De acordo com a pesquisa, os principais fatores que estão alimentando o mercado de viagens de negócios são: bleisure (trabalho + lazer); desenvolvimento de hotéis inteligentes; uso da tecnologia robótica para evitar burocracias e trabalhos repetitivos; e realidade virtual para reservas de hotéis e transportes. “A expansão da indústria de viagens e turismo, bem como o aumento das iniciativas governamentais para o desenvolvimento dos segmentos de reuniões, incentivos, conferências e eventos estão impulsionando o mercado mundial de viagens de negócios”.

A probabilidade é que os fatores vacinação da Covid-19 e rápida expansão no setor de varejo de viagem deem chances lucrativas para o crescimento desse mercado. “Então, com o aumento da demanda, várias organizações que operam globalmente com viagens de negócios estão tentando fornecer programas bem gerenciados e econômicos aos consumidores”, diz o estudo.

Para Marcelo Linhares, CEO da Onfly, startup 100% nacional especializada em gestão de viagens a trabalho, no Brasil, a grande lacuna do setor está no fato que boa parte das empresas cujos colaboradores precisam ultrapassar os limites físicos do escritório, seja para participar de eventos, visitar um fornecedor no estado vizinho, fazer cursos de aprofundamento ou mesmo fechar novos negócios, ainda não fazem gestão de viagens corporativas. “E aí, são vários os problemas, a começar pelo peso no orçamento, afinal, passagens compradas em cima da hora, falta de acordos com fornecedores, ausência de políticas claras de reembolso são fatores que contribuem para fraudes e erros, fazendo com que os custos se tornem exorbitantes, sem necessidade”.

Neste sentido, para evitar “surpresas desagradáveis”, Linhares recomenda o planejamento e uso de tecnologia como peça-chave: “Essencial para todos os departamentos, quem planeja sempre sabe se organizar. E, claro, com o estabelecimento de políticas internas que são aplicadas antes, durante e depois das viagens a trabalho, é possível programar cada viagem com antecedência e buscar hospedagem e passagens que apresentem o custo-benefício mais adequado para cada situação”.

Para os gestores, esse tipo de gestão traz dois benefícios: a otimização de processos e a redução dos gastos sem comprometer o bem-estar de seus colaboradores. Por outro lado, os colaboradores passam a contar com uma perspectiva mais transparente dos seus direitos e deveres, e de tudo o que compreende as viagens. “Ou seja, quando há uma boa gestão de viagens corporativas, todos saem ganhando”, finaliza.

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