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Cresce o número de famílias inadimplentes; Eliézer Marins traz 8 dicas para evitar as dívidas

15 de Fevereiro de 2022

Serasa aponta que a Bahia é o quarto estado com maior número de pessoas inadimplentes do país, com quase 4 milhões de CPF’s negativados

A taxa de inadimplência das famílias brasileiras com recursos livres encerrou o ano de 2021 em 4,37%, 0,1 ponto percentual acima do nível observado em novembro do ano passado, e 0,21 ponto percentual acima do nível observado em dezembro de 2020, segundo números divulgados pelo Banco Central.

Eliézer Marins, CEO do Grupo Marins | Foto: Divulgação

De acordo com uma pesquisa divulgada na semana passada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o ano de 2021 encerrou com o endividamento médio das famílias brasileiras batendo recordes: 70,9% iniciaram o ano com dívidas.

Isso quer dizer que 7 em cada 10 famílias brasileiras contraíram algum tipo de dívida com o sistema financeiro, e o número de endividados teve seu maior patamar no mês de dezembro, em que 76,3% das famílias possuíam alguma dívida.

Para 2022, a tendência é de que a inadimplência continue em elevação, de forma gradual, por conta de um cenário ainda bem desafiador para os consumidores, com renda em queda e alto endividamento. As taxas de juros finais também tendem a se elevar, dado que é esperado um aumento na taxa Selic e nos spreads, que tendem a aumentar junto com a inadimplência. A concessão de crédito, por sua vez, também deve subir, mas num ritmo menor que o atual, dada a menor capacidade esperada para o consumo.

O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de endividamento, como aponta o levantamento: na média anual, alcançou 82,6%. Outros fatores também citados pelas famílias são os carnês de lojas (18,1%), financiamento de carro (11,6%), financiamento de casa (9,1%) e o crédito pessoal (9%).

O Serasa aponta que a Bahia é o quarto estado com maior número de pessoas inadimplentes do país, com quase 4 milhões de CPF’s negativados. Em primeiro vem o estado de São Paulo com mais de 15 milhões de CPF’s inadimplentes.

Segundo o advogado e especialista em renegociação de dívidas Dr. Eliézer Marins, o motivo desses números altos acarretou com a Covid-19. "Advogo há mais de 10 anos para empresas e pessoas físicas e posso afirmar com certeza que esse índice se deve aos fechamentos de muitas empresas no Brasil devido a pandemia”, explica.

Eliezer Marins | Foto: Divulgação

O número de negativados aumentou nos últimos anos, algumas empresas e advogados da área de recuperação de créditos são chamados para solucionar esse problema das pessoas que tem empresa e fecharam no vermelho, como também de funcionários que perderam seu emprego. Por conta disso, o Correio quer saber se existe essa questão de “Limpa Nome”.

"Sim, existe e isso pode ser feito em todos os órgãos de proteção ao crédito, SERASA, SPC e BOA VISTA e com base na LGPD, a nova lei, um pouco desconhecida, chamada de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD - Lei 13.709)”, informa o advogado.

Para ajudar o consumidor a sair das dívidas, Eliézer Marins traz 8 dicas interessantes, confira:

1. Organize-se e faça das planilhas seu sistema de gestão;

2. Corte custos mensalmente;

3. Faça cobrança efetiva;

4. Ofereça uma área do cliente com as cobranças para que ele tenha facilidade;

5. Suspenda seu serviço até receber do cliente devedor;

6. Esteja pronto para fazer acordos;

7. Tenha flexibilidade para receber de forma mais rápido;

8. Procure comprar somente à vista.

Eliézer Marins e sua equipe | Foto: Divulgação
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