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44,6% das dívidas das empresas foram recuperadas após 60 dias de negativação

6 de Fevereiro de 2022

O varejo foi o setor que mais resgatou suas dívidas, com 52,6% dos débitos recuperados

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Em outubro de 2021, o Indicador de Recuperação de Dívidas da Serasa Experian, apontou que 44,6% (804.769) das dívidas das empresas foram recuperadas em até 60 dias a partir deste mês de referência. Este é o menor percentual de débitos ressarcidos desde janeiro do mesmo ano. De acordo com os dados apresentados no indicador, no total, 52,6% dos valores reavidos foram do segmento de Varejo, seguido pelos Bancos e Cartões (47,0%) e Utilities (45,2%). Veja os dados completos no gráfico e na tabela abaixo:

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que as empresas tiveram dificuldades em quitar suas dívidas devido o enfraquecimento da atividade econômica instalada no país ao longo do segundo semestre do ano passado. “Inflação em alta produz juros mais altos e, com isto, os descontos para se quitar dívidas tornam-se mais escassos. Ou seja, quanto menor é a atividade econômica, menos fluxo de caixa o empreendedor terá e, consequentemente, ele terá menos oportunidades para a quitação de suas dívidas”.

O indicador destaca, ainda, a idade das dívidas e, considerando os valores que estavam pendentes há 30 dias, 61,5% foram recuperados; de 30 a 60 dias, 38,7%; de 60 a 90 dias, 25,9%; de 90 a 180 dias, 15,0%; entre 180 dias e o primeiro ano, 11,9%. Por fim, aqueles com mais de um ano totalizaram 7,9%.

Já no recorte relacionado aos valores que são quitados, as dívidas acima de R$10.000 tiveram recuperação de 52,5%, seguido daquelas que possuem valores até R$500,00 (45,3%). Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

Metodologia

O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta, com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de observação para fazer essa análise.

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