Colunistas - Rodolfo Bonventti

ETERNA MEMÓRIA: Oduvaldo Vianna (1892 - 30/05/1972)

4 de Outubro de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O paulista Oduvaldo Vianna é uma referencia no teatro brasileiro quando se fala de profissionais que tinham múltiplas funções. Ele foi autor, diretor, produtor, roteirista, jornalista e teve uma atuação destacada tanto no teatro como no cinema nacional.

Nascido em 1892, Oduvaldo Vianna escreveu para diversos jornais a partir de 1915, entre eles o Diário da Noite, a Gazeta de Notícias e A Noite. Mas tinha uma paixão pelo teatro que ele foi cultivando escrevendo algumas peças e esperando a melhor oportunidade para encená-las.

Essa oportunidade chegou em 1919, quando já conhecido pelas suas matérias nos jornais, conseguiu que a Companhia Nacional de Comédias e Vaudevilles encenasse, no Teatro Carlos Gomes, o vaudeville “O Almofadinha”. A partir daí ele não saiu mais dos palcos, fosse como autor, diretor ou produtor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 1921, já com várias peças, operetas e revistas encenadas, Oduvaldo se junta ao escritor e autor Viriato Corrêa e ao empresário Nicolino Viggiani para formar uma companhia de comédias. No ano seguinte, se une à atriz Abigail Maia, que viria a se tornar sua esposa e inaugura a Companhia Brasileira de Comédias Abigail Maia.

Oduvaldo Vianna escreveu muitas peças para o ator Procópio Ferreira, que era uma unanimidade em termos de teatro nas décadas de 1940 e 1950. Entre os vários sucessos encenados por Procópio e escritos e dirigidos por Oduvaldo podemos citar “O Vendedor de Ilusões”; “Feitiço” e “Fruto Proibido”.

Mas foi em 1933 que ele escreveu o seu nome na história do teatro, ao ser o primeiro autor brasileiro a escrever um espetáculo que defendia abertamente o divórcio. Foi “Amor”, encenado por Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo, que causou uma enorme repercussão na época.

Ele também foi o autor de um clássico do cinema brasileiro, o filme “Bonequinha de Seda”  de 1936, e dirigiu  a Escola de Teatro Martins Pena durante muitos anos. Para a televisão, Oduvaldo escreveu três novelas na década de 1960: “Marcados pelo Amor”; “Renúncia” e “Fatalidade”, a última delas em 1965.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pai de outro grande nome da nossa dramaturgia, Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, ele morreu aos 80 anos na cidade do Rio de Janeiro, em maio de 1972.

 

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