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Estado de São Paulo registra recorde de mortes por coronavírus: 224 óbitos em 24 horas

28 de Abril de 2020

O Estado de São Paulo registrou hoje um novo recorde de mortes por coronavírus em apenas 24 horas. De acordo com os dados apresentados hoje pelo Centro de Contingência à Covid-19, de ontem para hoje foram acrescidos 224 novos óbitos em São Paulo, um aumento de 12% em relação a ontem, quando o estado tinha 1.825 mortes.

"Como não temos filas para realização de testes, isso significa que, de fato, os pacientes morreram por agora", explicou o secretário de Saúde, José Henrique Germann, em coletiva de imprensa.

O recorde anterior de mortes por Covid-19 havia sido registrado em 23 de abril, quando SP teve 211 óbitos em apenas 24 horas. Nesta terça-feira, o número de vítimas fatais em decorrência da doença chegou a 2.049. Há, ao todo, 24.041 casos confirmados em todo o estado.

Outro dado preocupante, segundo o Centro de Contingência, é o fato de a Grande São Paulo ter atingido 81% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na enfermaria, a taxa é de 70%.

Em todo o estado, 61,6% das UTIs estão ocupadas por pacientes com Covid-19 e, nas enfermarias, a taxa é de 44,5%.

Geraldo Reple, secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (ABC Paulista) e membro do Comitê de Contingência, também presente hoje na coletiva, disse que taxas de UTI superiores a 80% passam a ser "um dado de risco".

"A taxa tem de ficar sempre abaixo desse número. Quando atinge 80%, o risco é  muito aumentado. A média de permanência de um paciente com Covid-19 em uma UTI é de mais de 15 dias, o que quer dizer que em um leito de UTI eu coloco dois pacientes por mês. Se olharmos o número de leitos disponíveis hoje e a taxa de ocupação, estamos chegando em um nível altamente perigoso", alertou Reple.

Alerta amarelo

As autoridades de saúde também demonstraram preocupação com a relação entre aumento dos registros diários de mortes por coronavírus em São Paulo e queda na taxa de isolamento social.

"Não há dúvidas de que isolamento social menor gera mais casos. E casos a mais significam mortes a mais. Estamos trabalhando em alerta amarelo, a taxa de ontem foi de 48%. Mais uma vez, descemos abaixo de 50%, e isso é muito perigoso. Temos de reverter esse quadro, seja com estratégias mais contundentes. Isso depende do governador, junto com as decisões do Centro de Contingência", informou o secretário José Henrique Germann.

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