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Lábio leporino: Dr. Álvaro Sá explica como funciona o tratamento das fissuras labiopalatinas

17 de Outubro de 2019

As fissuras labiopalatinas são caracterizadas por uma abertura no lábio superior, na gengiva e no céu da boca (palato). Conhecida popularmente como lábio leporino, é um dos defeitos congênitos mais comuns que atingem os fetos. Segundo dados os SUS (Sistema Único de Saúde), uma em cada 600 crianças nascidas no Brasil nasce com fissura labiopalatal.

Porém o problema tem tratamento e a criança pode ser reabilitada, explica o cirurgião plástico, Dr. Álvaro Sá, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

 Embora o diagnóstico geralmente ocorra depois do parto, de acordo com o Dr. Álvaro, a partir da 14ª semana de gestação é possível identificar as fendas labiopalatinas através do exame de ultrassonografia. Contudo é preciso esperar a criança nascer para avaliação mais pormenorizada e instituição do tratamento.  O médico orienta os pais que descobrirem a fissura ainda durante a gestação, a procurar um profissional especializado mesmo antes do parto, a fim de receber orientações e esclarecer dúvidas sobre o problema.

 A correção do defeito do lábio ocorre por volta do 3° ao 6º mês de vida do bebê. No caso da fenda palatina, a reconstrução normalmente é feita um pouco mais tarde, por volta dos 12-18 meses. O tratamento requer abordagem multidisciplinar, é realizado por etapas, e geralmente só termina após a consolidação total dos ossos da face, aos 16-19 anos de idade, concluiu Sá.

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