Business -

Plano de carreira é mal avaliado ou não existe para 58% dos executivos brasileiros, indica estudo

12 de Setembro de 2013

Trabalhar em uma empresa que oferece plano de carreira é o sonho de qualquer executivo que almeja oportunidades de crescimento. Mais do que um roteiro em que vencer algumas etapas se faz necessário para evoluir profissionalmente, um plano de carreira bem definido ajuda o profissional a calibrar vida profissional e pessoal.

Essa é a opinião do diretor de marketing da Michael Page para a América Latina, Sérgio Sabino. O estudo foi realizado com 900 executivos no Brasil, Argentina, Chile, México e Colômbia, e investigou como os profissionais avaliam os planos de carreira oferecidos por suas empresas.

Os brasileiros fizeram a pior avaliação dos planos oferecidos pelas companhias. Para se ter uma ideia, 32% afirmam que sequer existe um plano de carreira nas empresas e 26% afirmaram que a empresa oferece um plano de baixa qualidade, somando 58% do total de executivos que participaram do estudo. Os que consideram bom o plano de carreira das empresas somam 38% e apenas 4% acham os planos excelentes.

A explicação para a realidade brasileira, ainda de acordo com Sabino, deve-se ao fato de que as empresas nacionais ou subsidiárias de multinacionais no Brasil viveram nos últimos anos uma pressão muito grande para ser a operação mais importante da região da América Latina. “As companhias quiseram aproveitar o crescimento da economia brasileira que se intensificou bastante entre 2004 e 2011”, diz. A necessidade de expansão com rapidez fez com que muitas empresas deixassem a estruturação de planos de carreira em segundo plano. “Essa omissão pode ser percebida agora na insatisfação dos executivos e representa um grande problema para as companhias. Esse estudo oferece uma reflexão importante para os RHs”, ressalta.

América Latina vive realidade oposta

O estudo da Michael Page revela que a realidade é bem diferente entre nossos vizinhos. Para 46% dos colombianos, 40% dos mexicanos, 35% dos argentinos e 34% dos chilenos os planos de carreira oferecidos pelas companhias instaladas nesses países são excelentes. Em média 50% dos profissionais desses países consideram desfrutar de um bom plano de carreira. “Estamos falando de países com realidades macroeconômicas distintas. O que chama atenção, porém, é que mesmo vivendo um momento importante de crescimento, as empresas da Colômbia e do México se mostraram mais preocupadas em oferecer um plano de carreira consistente para seus funcionários”, conclui Sabino.

Os índices de insatisfação não ultrapassaram a casa dos 10% em nenhum dos casos. O mesmo vale para os que afirmaram que suas companhias não oferecem plano de carreira.

Confira os gráficos:

 

 

Confira 5 dicas da Michael Page para avaliar se a sua empresa oferece um plano de carreira adequado:

1)      Pergunte a colegas, amigos e conhecidos e pesquise na mídia qual o posicionamento que a empresa tem em seu trato com os funcionários, em todas as áreas e subdivisões (ex.: comercial, administrativo, suporte, corpo diretor);

2)       Na entrevista, pergunte se a empresa valoriza a meritocracia e se tem planos organizados para garantir que todos serão recompensados da melhor forma possível pelos seus resultados;

3)      Pergunte se há critérios claros e objetivos sobre o que será esperado de você na sua função e sobre como suas metas serão remuneradas (se atingidas). Lembre que nem todas as empresas oferecem remuneração variável, e a recompensa pode vir de outras formas – promoções, novas atribuições e responsabilidades, reestruração de equipes, etc;

4)      Avalie o organograma da empresa, e verifique se as posições são claras e objetivas, e se o seu caminho de crescimento já tem um esboço desde o início. É importante saber quais são os próximos passos que você deve esperar em sua carreira na empresa;

5)      Pergunte se a empresa investe em treinamento em todas as áreas da empresa, como suporte oficial ao seu crescimento e desenvolvimento dentro da organização.

 

Comentários
Assista ao vídeo