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Traficante que posou para foto com caveirão é morto em operação da Polícia no Rio de Janeiro

3 de Outubro de 2019

Edno Rodrigo Ferreira Marçal, o Rei do Fumo, apontado pela polícia como gerente do tráfico do Complexo da Serrinha, em Madureira, foi morto durante uma operação do 9º BPM (Rocha Miranda) na favela, segundo informações do site Extra. O traficante foi identificado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP como um dos criminosos que posaram para fotos na frente e dentro de um caveirão da PM. As imagens desencadearam uma investigação que terminou com a denúncia de nove PMs à Justiça em agosto.

Além de Edno, também foi morto Wallace Martins Leite, o Coquinho, durante a ação, na tarde da última segunda-feira. Segundo os PMs que participaram da ação, quando chegaram a Rua Mestre Darcy do Jongo, viram criminosos armados, que atiraram nos agentes. Houve tiroteio. Dois fuzis foram apreendidos, um Colt, calibe 556 e um G3, calibre 762.

 

Durante a ação, um policial foi atingido por estilhaços, mas passa bem. Os dois criminosos foram levados pelos PMs para o Hospital estatual Carlos Chagas. Ambos chegaram à unidade mortos.

Edno aparece numa das fotos investigadas na frente de um caveirão, sorrindo e segurando um fuzil semelhante ao apreendido na ação em que foi morto. A investigação que a Corregedoria da PM fez a partir das imagens concluiu que as fotografias foram tiradas no dia 12 de janeiro de 2014 num horário entre 10h30m e 12h30m. Dois funcionários da Cedae que trabalhavam no local no dia prestaram depoimento e confirmaram que viram os traficantes fazendo as fotos.

Numa das imagens, inclusive, é possível ver traficantes entrando no caveirão e policiais armados ao fundo. Oito PMs que estavam na favela no dia foram identificados pela Corregedoria. Esses policiais, entretanto, não foram denunciados à Justiça.

No final das investigações, a Corregedoria concluiu que um grupo de nove policiais da unidade, que incluía sete oficiais e dois praças, recebia dinheiro do tráfico para avisar os criminosos previamente sobre operações do 9º BPM. São réus pelos crimes os majores Rodrigo Lavandeira Pereira e André Luiz Oliveira de Albuquerque, os capitães Marcelo Baptista Pereira, Rodrigo Antunes Vieira e Bruno Borges Vidal, os tenentes Adriana da Silva Góes Vista e Paulo Rodolpho Batista de Oliveira e os sargentos Robson Avelino de Lima e Flávio Fagundes Padiglione.

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