Cultura -

Ballet Paraisópolis sobe ao palco do Festival de Dança de Joinville pelo terceiro ano consecutivo

11 de Julho de 2019

O Ballet Paraisópolis (BP) marca presença pelo terceiro ano consecutivo no Festival de Dança de Joinville – cuja 37ª edição acontece de 16 a 27 de julho – com uma novidade. É a primeira vez que os grupos júnior e sênior do projeto são classificados juntos para o evento, com 3 de suas coreografias aprovadas para a Mostra Competitiva e 20 para o Palco Aberto, nos gêneros Balé Clássico de Repertório, Balé Neoclássico, Dança Contemporânea e Jazz. No total, 16 de seus bailarinos – sendo 2 deles premiados em edições anteriores do festival – participam deste que é considerado o maior evento de dança da América Latina.

“Estamos muito orgulhosos pela classificação do grupo no festival este ano. Finalmente conseguimos ‘carimbar o passaporte’ de todos para a capital da dança”, fala Monica Tarragó, diretora e professora do Ballet Paraisópolis. “Vamos representar a segunda maior comunidade de São Paulo em meio às maiores escolas do Brasil e da América Latina”.

 

Os trabalhos do Ballet Paraisópolis aprovados para a Mostra Competitiva (composta de escolas e grupos selecionados por jurados para competição nas categorias e gêneros previamente inscritos), na categoria júnior, reúnem o solo contemporâneo Tão Próximo (2019), do coreógrafo Christian Casarin – que será apresentado pelo bailarino David Rocha Santos, de 14 anos de idade –  e dois conjuntos, sendo um deles neoclássico – Oníricos (2019), da coreógrafa Carol Segurado – e outro contemporâneo – Airis Process (2017), da coreógrafa Danielle Rodrigues.

 

Tão Próximo (2019) questiona a transição para a vida adulta e o que isso significa no século XXI. Airis Process (2017) propõe uma resistência em meio ao caos dos conflitos contemporâneos e dos anos de guerra na Síria. Já Oníricos (2019) trata da forma como se caracteriza um indivíduo imaginativo e criativo, uma vez que se costuma dizer que uma pessoa "desligada” da realidade vive em um “mundo onírico”. As três coreografias também fazem parte da programação Palco Aberto do festival (apresentações sem fins competitivos) e serão apresentadas, junto a outras do BP, em palcos espalhados por Joinville.

Fundado em 2012 por Monica Tarragó, o Ballet Paraisópolis tem como objetivo transformar a vida das famílias que moram na segunda maior comunidade de São Paulo, oferecendo aulas de dança gratuitas a jovens e adolescentes da região e proporcionando a eles o contato direto com a arte, a educação e a cultura.

Em 2017 o BP participou pela primeira vez do Festival de Joinville. Na ocasião, David Rocha Santos, então com 12 anos de idade – além do solo, ele dança este ano nos conjuntos classificados –, conquistou o terceiro lugar no evento Meia Ponta, categoria infantil, com a variação clássica Paysant - I Ato Ballet Giselle. No ano seguinte, foi a vez de Luiz Fabiano Lima Dias, também de 12 anos – neste ano, ele faz parte do elenco de Airis Process e Oníricos – ficar com o segundo lugar na Mostra Competitiva, categoria júnior, com o solo contemporâneo Libertar-se.

Considerado o maior evento do setor na América Latina, o Festival de Dança de Joinville reúne uma grande diversidade de gêneros, como o balé clássico, contemporâneo, jazz e sapateado. O evento tem duração de 11 dias e conta com a participação de escolas e companhias de dança do Brasil e do exterior, sendo disputado por cerca de seis mil participantes. A expectativa de público é superior a 200 mil pessoas.

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