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15 mil policiais civis trabalham sem coletes balísticos em SP

24 de Maio de 2019

Segundo a Delegacia Geral Adjunta de Policia Civil do Estado de São Paulo, só existem 12.924 coletes com validade dentro do prazo em toda a corporação, que é composta atualmente por 28 mil policiais, efetivo que consta do Defasômetro do SINDPESP

A informação foi repassada após ofício encaminhado pela delegada Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP). 

Com a deficiência, milhares de policiais estão exercendo funções de risco, como o cumprimento de mandados de prisão e participando de operações de combate a crimes variados, desprotegidos.  “É inadmissível que, no estado mais rico da federação, milhares de policiais trabalhem sem a mínima segurança. Um policial que vai cumprir mandados de prisão ou participar de operações contra o tráfico, por exemplo, não pode trabalhar sem colete”, afirma a presidente do SINDPESP. 

Raquel solicitou, no início de fevereiro, informações sobre a quantidade de coletes e a distribuição entre as unidades policiais após receber graves denúncias de que policiais estariam se expondo a risco sem a devida proteção. “Além de ter os piores salários do Brasil, os policiais de São Paulo estão trabalhando sem as mínimas condições de segurança. E o Governo do Estado já foi claro que não pretende melhorar essa situação tão cedo”, denuncia.  

O comando da Polícia Civil não especificou a distribuição dos equipamentos de segurança entre as unidades do Estado. Por meio de ofício enviado ao Sindicato, o comando disse ainda que, em 2018, foram destruídos 5.250 coletes que estavam fora do prazo de validade. 

Mesmo se a compra dos 8.293 coletes anunciada pelo Governo se efetivar, faltarão outros 6.883 trajes para distribuir entre os 28.050 policiais civis que estão na ativa.

RAQUEL KOBASHI GALLINATI

Delegada de Polícia desde 2012, é a primeira mulher a ser eleita presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, SINDPESP, fundado em 1989. Trabalhou como Delegada de Polícia em delegacias do Departamento de Polícia da Capital (DECAP). Formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós graduada em Ciências Criminais e Mestre em Filosofia,  pela PUC-SP, em 2007. Pós graduanda pela Academia Nacional da Polícia Federal em Direito de Polícia Judiciária.  

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