Colaboradores - Tânia Voss

70? Década do Divino Maravilhoso – Doc.Musical, emociona público

18 de Março de 2019

Infinitamente feliz e de alto astral, assim foi uma das noites mais saudosas da música dos anos 70, no Theatro Net, em São Paulo.  Dessa forma, estreou o Musical mais esperado do ano - Anos 70 Divino Maravilhoso.

Um espetáculo que mexe com suas emoções do início ao fim. Baby do Brasil abençoa o palco com sua presença marcante, única, extravagante e majestosa. Canta muito, dança e brinca com o público. Outro ponto forte, as dançantes estrelas As Frenéticas, que marcaram a infância, adolescência e juventude de muitas gerações.

Presença das filhas Nãna Shara e Zabelê na plateia, que prestigiaram a mãe, Baby do Brasil, com aplausos, muita dança e simpatia. O apresentador Geraldo Luis, da Rede Record, também estava lá.

Depois do sucesso arrebatador de ‘60! Década de Arromba – Doc.Musical’, que apresentou Wanderléa, o aguardado espetáculo ‘70? Década do Divino Maravilhoso – Doc.Musical, traz as Divas dos anos 70, Baby do Brasil e as Frenéticas, um luxo.

 O Musical mostra momentos marcantes dos anos 1970 em diversas esferas: acontecimentos da política, moda, comportamento, esportes e artes em geral são embalados por mais de 250 sucessos das músicas brasileira e internacional, divididos em duas partes, como num disco de vinil, em lado A (1970-1976) e lado B (1977-1979).

De forma cronológica, depoimentos, fotografias e vídeos vão desfilar no grande telão que tomará conta do centro do palco nesta superprodução, apresentada pelo Circuito Cultural Bradesco Seguros, que conta com 24 jovens talentos, uma orquestra de dez músicos, 20 cenários, 300 figurinos, toneladas de luz e som, e mais de 100 profissionais dedicados a criar o espetáculo.

As Frenéticas Dhu Moraes, Leiloca Neves e Sandra Pêra são as três cerejas do musical, no bloco dedicado à febre das discotecas, fenômeno que estourou nas pistas de todo o mundo há exatos 40 anos, inclusive no Brasil, por meio da novela ‘Dancin’ Days’, de Gilberto Braga. “Símbolos de uma época”, como define Nelson Motta, as Frenéticas, que foram descobertas pelo jornalista e produtor musical em 1976, estouraram em todo o Brasil com a música “Perigosa”, de autoria dele em parceria com Rita Lee e Roberto de Carvalho.

O grupo de seis amigas (Leiloca, Sandra Pêra, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves), que se reuniram na boate Frenetic Dancing Days, como garçonetes, logo largaram as bandejas e se transformaram em um dos maiores fenômenos da música brasileira. Estamparam a capa das principais revistas, lançaram clássicos instantâneos como o tema da novela homônima e ditaram moda.

Elas abriram as asas, soltaram as feras e transgrediram em um Brasil onde se confrontavam censura, liberdade de expressão, feminismo e empoderamento. Esses temas continuam atuais e são abordados na montagem, que segue o bem-sucedido gênero criado por Reder e Nauer em ‘60! Década de Arromba’, o Doc.Musical.

“Reunimos teatro, documentário e música. Este formato me permitiu unir tudo isso e ainda propor um novo olhar para a forma de se fazer um espetáculo musical”, vibra o diretor. “O doc.musical não apresenta a biografia de nenhum artista, porque o olhar está no coletivo, no grupo, numa época, portanto, é de fato, a música a grande protagonista”, explica Nauer.

O título do musical traz uma interrogação porque propõe questionamentos sobre as dualidades do período. “Uma década de incertezas”, como conceitua Cid Moreira em uma das retrospectivas apresentadas em projeção dentro do espetáculo.

Um presente para todas as pessoas, de todas as idades. Preparem-se para as emoções mais profundas, remember total  e momentos inesquecíveis. Confira:

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