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Brumadinho: Luisa Mell faz denúncia sobre execução de animais

29 de Janeiro de 2019

Luisa Mell, que está em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, acompanhando o resgate de animais, após uma barragem da Vale se romper na última sexta-feira (25), voltou a usar as redes sociais para protestar. Em um vídeo compartilhado no Instagram, a ativista se mostrou o quão indiganada está ao saber que agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a bordo de um helicóptero, tinham a missão de executar, com tiros, animais ilhados, presos na lama ou feridos.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Eu n falei que estavam m sabotando? Pq n queriam salvar os animais coisa nenhuma! Querem matar! Ontem qd me falaram q o helicóptero estava atirando nos animais... eu n conseguia acreditar! Mas era verdade! Os animais estão pagando pelo crime da vale!!!! “Eram 14h37. Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazia voos rasantes em uma área devastada do Córrego do Feijão, numa região isolada e mais próxima da barragem de rejeitos. Um agente armado com fuzil mirava, de dentro do helicóptero, locais onde enxergava animais na lama. E disparava.”

Uma publicação compartilhada por Luisa mell (@luisamell) em

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a decisão de matar os bichos foi confirmada pelo chefe da Defesa Civil de Minas, coronel Evandro Geraldo Borges. “O que vamos fazer? Deixar o animal sofrendo? Estamos sim, com equipe em campo executando esse trabalho, mas essa decisão só é tomada nos casos em que não há outra opção.”

Diante da informação acima, e com voz alterada, Luisa Mell se posicionou, dizendo que existem outras maneiras de abreviar a vida de um animal.

— A hora que eu escutei essa história ontem, eu falei 'não é possível! Não é possível uma coisa dessas'. E é verdade! Olha que lixo, olha que barbaridade, olha que atrocidade. E o pior de tudo: eu quero saber se o CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) autorizou essa palhaçada. Porque a gente está cheio de veterinário aqui e tem outras maneiras dignas de sacrificar os animais. E essa não é uma delas.

Ainda de acordo com o jornal, outra parte da equipe, disse o coronel, está empenhada em socorrer animais “em condições de serem retirados” da lama. Mas em muitas situações, declarou, só resta o tiro de misericórdia. “Não tem jeito. Tem animal preso, outro com perna quebrada. Temos de fazer escolhas, de retirar as pessoas, ir atrás de sobreviventes. Tudo que está sendo feito foi pensado. É isso.” 

Em nota, a PRF informou que o procedimento de sacrifício dos animais foi realizado com o atendimento de todos os protocolos de segurança, "a pedido e sob a coordenação de uma veterinária, integrante do Conselho de Veterinária de Minas Gerais e supervisionado pelo comando das operações de resgate".

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