Uma cadela morreu de infarto na última terça-feira (1º) após se assustar com fogos de artifício, em Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro. Mila foi encontrada por seus donos morta na manhã seguinte ao Réveillon.
Segundo a dona da cadela, Chris Neri, o barulho neste ano foi muito maior do que o normal. “Esse ano soltaram muito mais rojão do que o comum. O estrondo parecia ser dentro de casa”, disse a dona de Mila nas redes sociais.
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Nesta mesma publicação, Chris explica que tentou proteger seus animais domésticos com música ambiente, algodão nos ouvidos, além de ficar próxima deles, mas que Mila teria entrado “em pânico total”.
“Dá uma revolta tão grande saber que ela poderia estar aqui comigo, mas não está graças a esses egoístas que insistem em soltar fogos, sem se preocuparem com o quanto é danoso e muitas vezes fatal”, lamentou Chris, que gerencia um centro de reabilitação de animais.
A morte de Mila aconteceu quatro dias após o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), publicar no Diário Oficial a proibição do uso, venda e fabricação de fogos de artifício que ultrapassem os 85 decibéis. Em caso de descumprimento, o decreto prevê multa de R$ 500 pra pessoa física e R$ 5 mil para pessoa jurídica.
A Guarda Municipal atuou apenas de forma educativa durante as comemorações da virada de 2018 para 2019 e orientou a população sobre as novas regras.
A decisão foi tomada por Crivella enquanto é discutido pela comissão dos Direitos dos Animais, presidida por Luiz Carlos Ramos Filho (Pode), na Câmara de Vereadores do Rio, uma medida para proibir a comercialização ou uso de fogos de artificio barulhentos.
