Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Eneida Costa de Moraes

23 de Agosto de 2013
Eneida em foto da década de 1960

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eneida Costa de Moraes nasceu em Belém, a capital do estado do Pará, em outubro de 1904. A paixão pela literatura, pelo jornalismo e pela política dominou a vida dessa mulher que escreveu para importantes jornais e revistas nas décadas de 20 e de 30 e de tantos textos criados, entrou para a história por ter sido a primeira a lançar uma obra sobre o camaval carioca, o livro “História do Carnaval Carioca”, escrito em 1958.

Eneida, como simplesmente ela queria ser chamada foi uma militante política muito ativa e se filiou em 1930 ao Partido Comunista do Brasil. Marxista por opção, liderou várias greves e foi figura importante na Revolução Constitucionalista de 1932, tendo ficado presa junto com Olga Benário e Luiz Carlos Prestes, e servido como  intérprete da mulhes de Prestes, já que Olga não falava a nossa língua.

Mas Eneida era uma entusiasta do nosso Carnaval, em especial dos corsos, ranchos e cordões que animavam o mês de fevereiro na cidade do Rio de Janeiro. Em sua obra “História do Carnaval Carioca” ela traça um panorama completo dessa manifestação e classifica cada categoria do samba e das variadas opções dos grupos e escolas saírem às ruas para comemorar o Carnaval.

Corso carnavalesco na década de 1930

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi graças a ela que o Rio de Janeiro e Belém conheceram também os primeiros bailes carnavalescos. Foi ela que criou na década de 1960 o “Baile do Pierrô”, precursor dos eventos que durante anos reuniram artistas, intelectuais e ricaços nos salões cariocas.

A importância de Eneida para o carnaval carioca lhe rendeu uma bela homenagem um ano depois da sua morte, aos 66 anos. Ela foi o enredo da Escola de Samba Salgueiro, que levou para a avenida, em 1973, o tema “Eneida, amor e fantasia”.  

                                                                     

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