Notícias -

Conheça Michel Flor da Silva, o homem que confessou ter matado a menina Rayane

31 de Outubro de 2018

A adolescente de 16 anos Rayane Paulino Alves, 16 anos, foi estuprada antes de ser assassinada, informou o delegado responsável pelo caso, Rubens José Ângelo, nesta quarta-feira (31). Para chegar ao suspeito, a polícia contou com a ajuda de uma caneta, encontrada no local do crime.

A jovem foi encontrada morta com um cadarço no pescoço, na região de Guararema, região metropolitana de São Paulo, no último domingo (28). O principal suspeito confessou o crime e está preso.

A prova que levou a polícia até o suspeito foi uma caneta, achada próxima ao corpo da vítima. O delegado afirmou que a polícia sempre faz uma "varredura" no local do crime, para saber se há algo mais como prova.

"Havia no local uma caneta, limpa, inteira. As investigações apontaram que a caneta estava há pouco tempo ali e a recolheram como possível prova. No momento da prisão do sujeito, em sua casa, os policiais perguntaram se ele tinha alguma caneta. Ele disse que sim. E pegou uma. Era idêntica à encontrada no lugar do crime. Era uma caneta de brinde, de uma empresa", afirmou o delegado.

Confrontado pela polícia sobre a semelhança entre as duas canetas, o suspeito concordou. Para a polícia, era a ligação que faltava para esclarecer o crime.

Rayane foi assassinada na região metropolitana de SP

Rayane foi assassinada na região metropolitana de SP | Reprodução/Facebook

Detalhes

De acordo com a polícia, após uma festa, a jovem foi abordada pelo suspeito na rodoviária de Guararema, por volta de 2h30 da madrugada, quando esperava um ônibus para voltar para casa.

O suspeito teria sentado ao lado dela e perguntado sobre que estava acontecendo. O delegado afirma que o suspeito ofereceu a jaqueta dele para a adolescente se aquecer, além de água.

"Foi conversando tentando convencê-la. Ofereceu carona para Mogi das Cruzes e ela disse que aceitaria. Ele passa, ela entra no carro dele e vem sentido Mogi das Cruzes. [O suspeito] diz que em dado momento ela falou para ele que queria curtir. Ele disse para ir para Jacareí. [...] A intenção dele era ter relações sexuais com ela, consentido ou não", detalha o delegado.

“Na rodovia D. Pedro, eles pararam no acostamento e trocaram beijos. Começaram a se beijar e teve o ato sexual. Passado dado momento, segundo o suspeito, a Rayane teria se defendido. Você me estuprou, vou chamar a polícia”, diz. O delegado afirmou que a garota “deu um chute nele”.

O suspeito, então, teria dado um golpe chamado mata-leão nela — ele é capoeirista. A garota desmaiou e foi levada ao banco do passageiro. O rapaz foi para outro local, para a entrada do Miracatu, e parou o veículo ali.

“Ele tem curso de pequenos socorros. Ele afere a pulsação dela pelo pulso e, pela jugular, vê que ela está viva. Com receio de ser acusado pelo crime de estupro, ele pega a bota dela, pega o cadarço e amarra o pescoço dela. E pressiona até a morte”, afirma. “A bota estava no assoalho do carro”, acrescenta.

Investigação

O delegado Jair Barbosa, que também faz parte do grupo de investigação do caso, afirmou que a apuração "absolutamente detalhada" permitiu que a polícia chegasse a minúcias do crime. "Juntamos provas materiais que nos levassem à conclusão de que ela [Rayane] foi friamente assassinada por um sujeito que a estuprou. Ele não é um estuprador contumaz, não era estuprador, mas a oportunidade se apresentou", diz.

"A garota estava na rodoviária de Guararema esperando o primeiro ônibus para voltar para casa, por volta das 2h30 da manhã. Ele era o segurança da rodoviária. Ele não estava bêbado e nem drogado. Ele se aproximou, tentou seduzi-la, ela não aceitou. Ele então ofereceu carona a ela. Ela aceitou. Aí os ânimos se acirraram dentro do carro. Ele a estuprou, estrangulou e abandonou o corpo", resumiu.

Conheça quem é o homem que matou Rayane

Michel Flor da Silva, 28 anos, assumiu o crime. O rapaz é casado e tem um filho pequeno e adora postar fotos de sua família em sua rede social. Até o momento, segundo a Polícia, não tinha nenhuma passagem pela polícia, mas mostrou ser bastante frio assumindo o crime. Além de trabalhar como segurança particular na Rodoviária de Guararema, Michel era bombeiro civil e capoeirista há mais de 12 anos. 

Michel  Flor da Silva
 
Comentários
Assista ao vídeo