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Ao esperar Regina em ponte, cão de rua sinalizou onde estava seu corpo

23 de Outubro de 2018

Pretinho, um cão de rua que era cuidado por Regina Leandro Barreto, de 34 anos, desaparecida há 20 dias, permaneceu desde o começo das buscas numa ponte próxima ao local onde o corpo foi encontrado. Ele permanecia na ponte como se esperasse por sua volta. A fidelidade de Pretinho à Regina lembra até histórias como a do filme Sempre a seu lado, onde um cachorro aguardava o dono numa estação de trem no Japão, em Tóquio,  mesmo depois da sua morte. 

Desde o começo das buscas Pretinho sempre indicava o lugar em que ela estaria. Saia da ponte e ia para a entrada da mata onde o corpo foi encontrado. Enquanto os cachorros da polícia e os próprios agentes de segurança iam em outra direção, o cãozinho preto, de patinhas e rabo branco, conhecido por Pretinho ficava parado na mesma ponte na avenida Rotary, em Ribeirão Pires, interior de São Paulo.

Ele era próximo de Regina. Em várias imagens de câmeras de segurança da cidade, Pretinho aparece caminhando pelas ruas com a mulher e o suspeito de ter cometido o assassinato dela.

Pretinho ficava próximo à entrada da mata onde Regina foi encontrada

Reprodução/RecordTV
 

Neste final de semana os policiais decidiram “dar ouvidos” aos sinais do cão. “O cachorro saía daqui, tomava um pouco de sol na ponte e voltava para cá”, disse o comandante Sandro Torres Amante, da ROMU (Ronda Ostensiva Municipal) da GCM (Guarda Civil Municipal) que fez parte das buscas. O comandante se referiu à entrada da mata na frente da avenida Rotary.

Pretinho pode ser a única testemunha do crime

Pretinho pode ser a única testemunha do crime | Reprodução/RecordTV

“Parecia que ele estava pedindo ajuda para ela [Regina]”, disse o comandante. Os guardas entraram no local onde Pretinho ficava, próximo à ponte. Após buscarem por Regina na mata ciliar do córrego que passa pela avenida, encontraram o corpo dela. O cãozinho de rua estava certo, desde o começo Pretinho sabia onde estava o corpo da mulher que o alimentava.

É possível que o cão seja a única testemunha que presenciou o assassinato de Regina. O local é uma mata fechada, de difícil acesso e cheio de lama, no começo das buscas o suspeito e o cão estavam sujos de lama.

Esse mesmo suspeito foi detido pela polícia no sábado (20) e, em depoimento para a polícia, confessou ter matado Regina. Ele estava foragido, mas foi encontrado pela Polícia Civil de Ribeirão Pires em Sorocaba, cidade a 160 km do local onde o corpo de Regina foi encontrado.

O corpo de Regina foi enterrado nesta segunda-feira (22) em Ribeirão Pires, interior de São Paulo.

Fonte: R7

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