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| Foto: Divulgação |
O centro do desempenho sexual masculino se concentra na próstata. As maiores ameaças à saúde prostática são as células cancerígenas e o envelhecimento. No mercado surgem vários produtos que prometem manter a saúde dessa glândula, como o chá-verde, o boro, a raiz de urtiga, o zinco, vitaminas, entre outros.
Mas até que ponto esses suplementos vitamínicos são eficazes? Segundo o chefe de Urologia do Hospital Universitário Gregorio Marañon, Carlos Hernández, não existem provas de que algo evite a HPB (Hiperplasia da próstata benigna) ou a prostatite. De acordo com as suas declarações, seria preciso tomar esse tipo de suplemento por 30 a 40 anos para ter algum impacto, teoricamente.
No entanto, os especialistas afirmam que existe um grande aliado para manter a saúde da próstata. Tudo se resume a uma vida sexual saudável e satisfatória. Pelo contrário, relações sexuais inadequados, sem proteção, ou o coito interrompido podem influenciar as doenças da próstata.
Para evitar o câncer de próstata os especialistas recomendam exercício físico, uma dieta mediterrânea, não abusar de bebidas alcoólicas, não fumar e não se exceder nas proteínas.
O presidente da Associação espanhola de Urologia afirma que alguns componentes da dieta pioram a saúde da glândula masculina, como o álcool, bebidas com cafeína, picantes e sucos cítricos. Além de evitar o seu consumo, é aconselhado evitar também mudanças de temperatura súnitas e banhos de água fria.
Outro dos grandes problemas e preocupações dos urologistas é a hiperplasia da próstata benigna. Via de regra, ocorre por volta dos 50 anos. Os principais sintomas são: micção à noite (duas ou mais vezes), urgência em urinar, esvaziamento da bexiga incompleto, problemas e alterações com o fluxo urinário.
A doença se caracteriza por um aumento da próstata, que é normal com o avançar da idade. A questão é que esse aumento faz com que a uretra fique comprimida, dificultando a passagem da urina.
No caso dos medicamentos não surtirem efeito, o especialista aconselha uma intervenção cirúrgica. Tem-se optado pela intervenção endoscópica. Aqui se insere um instrumento pela uretra até alcançar a área obstruída para remover o tecido em excesso.
O laser também tem sido usado em pacientes com uso de anticoagulantes, cirrose, diabetes e doenças cardíacas ou pulmonares.
Existem certos alimentos que reduzem a incidência do câncer de próstata, segundo Esteban. Uma dieta rica em brócolis, tomate e nozes é o segredo. O consumo de proteínas em excesso não é aconselhado. Tabaco e álcool também são inimigos da próstata.
Apesar de parecer que esse tipo de tumor se desenvolve mais lentamente que outros cânceres, é importante e imprescindível que se detecte o mais cedo possível. Consultar o seu médico assim que surgirem os primeiros sintomas é crucial. Deve ser feito também um check-up anual a partir dos 50 anos.
A terapia hormonal é a mais usada em casos de tumores avançados ou metastáticos. Com a manipulação da testosterona é possível desacelerar o câncer. A quimioterapia e a imunoterapia também são incorporadas, de acordo com o urologista do Hospital Gregorio Marañón.
Caso o tumor não apresente metástases e estiver localizado, pode se tratar com cirurgia radical, retirando a próstata, laparoscopia (preservando os nervos) ou radiação externa. Pode também irradiar internamente, com braquiterapia.
Nos últimos anos tem-se optado ainda por crioterapia (destruição dos tumores por congelamento) ou por ultra-som de alta intensidade (destruição dos tumores por aquecimento).
Vale a ressalva que de entre os efeitos colaterais estão a disfunção erétil e a incontinência urinária.
O estudo do Teste de Próstata para Câncer e Tratamento comparou os resultados da radioterapia, da cirurgia e da vigilância ativa. Concluir que em 10 anos não se verificaram diferenças na mortalidade por câncer de próstata.
Quanto aos efeitos colaterais das terapias, a cirurgia causou 22% de problemas de incontinência urinária enquanto a radioterapia e a vigilância ativa causou apenas 5%. Os pacientes submetidos à cirurgia se confrontam com 50% dos casos de disfunção sexual. Já na radioterapia o número diminui para 35%.
Montse Ferrer, do Hospital del Mar Institute revela que a crioterapia apresenta uma maior deterioração da função sexual do que a radioterapia externa e a braquiterapia.
Os médicos e investigadores de todo o mundo procuram técnicas para tratar o câncer minimizando os efeitos colaterais ao máximo.
Fontes:
Ni proteínas ni vitaminas: el sexo es la mejor manera de cuidar la próstata. URL: elmundo
Estratégias para uma Próstata Saudável. URL: 121doc
Sexo e masturbação aumentam risco de cancro na próstata. URL: cmjornal
Um orgasmo por dia reduz risco de câncer de próstata em 22%. URL: oglobo
