Colaboradores - Lica Gimenes

Após 18 anos, cofres privados voltam a ser comercializados em São Paulo

12 de Outubro de 2018

O hábito de guardar pertences embaixo do colchão ou possuir cofres em residências parece raro e antiquado, mas se tornou mais comum do que imagina. Há 18 anos, os paulistanos tinham um lugar reservado para proteger bens com valores sentimentais, joias, obras de arte e documentos. Eram 60 mil cofres localizados em bancos, que requeriam dos paulistanos dois anos e meio de fila de espera, e começaram a ser extintos nos anos 2000.

Pensando nisso, com capital e know-how estrangeiro a SEKURO, única empresa brasileira de cofres privados, traz de volta as caixas de segurança privada. "Pensamos em trazer de fora o modelo que já existiu no Brasil e ainda é sucesso no exterior. O objetivo é resgatar em São Paulo aquele lugar especial e trazer segurança para as recordações com valores incalculáveis", explica Daniel Aveiro, Diretor de Operações da SEKURO.

A empresa está localizada no 5º andar de um prédio na Berrini (SP), o local é uma espécie de "Bunker" nas alturas, um labirinto formado por paredes e painéis blindados que foram importados da Suécia e certificados nos Estados Unidos, rigoroso controle de acesso baseado em tecnologia japonesa, barreiras físicas, tecnológicas e monitoramento 24h. São oferecidas três opções de caixas: pequena (10x15x50cm), média (10x30x50cm) e grande (20x30x50cm), com valores a partir de R$ 360 por mês.

Foram quatro anos de desenvolvimento do projeto e a SEKURO contou com aportes financeiros de investidores estrangeiros para desenvolver o máximo de segurança, com premissas internacionais, sem procedente no Brasil. O plano de expansão prevê investimento de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos e chegará a cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, e levar aos brasileiros a solução para guardar e proteger seus pertences de valor financeiro ou sentimental.

Daniel Aveiro, Diretor de Operações da SEKURO.
 

Segundo dados de 2017 da Secretária da Segurança Pública (SSP), São Paulo tem um lar roubado por hora e maior número de ataques de residências em três anos. Para Aveiro, ter um cofre na residência expõe a integridade da família e aumenta o risco de assaltos. "Se analisarmos o cenário após o desaparecimento das caixas de segurança em bancos, a violência nos lares aumentou. Os assaltantes sabem que todas elas possuem algo valioso e isso acabou se tornando uma isca.", finaliza o Diretor de Operações.

 

 

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