Colunistas - Rodolfo Bonventti

Deliciosa comédia estrelada por Dercy no horário nobre da TV Bandeirantes

13 de Setembro de 2018

Foi exatamente no dia do aniversário de 73 anos de Dercy Gonçalves, 23 de junho de 1980, que estreou na TV Bandeirantes uma novela que tinha a cara e o jeito da comediante: “Cavalo Amarelo”, um original de Ivani Ribeiro que se transformou em um dos maiores sucessos da teledramaturgia da emissora.

O humor histriônico de Dercy Gonçalves se casou perfeitamente com a sua personagem, Dulcinéa, a dona de um teatro mambembe cheio de vedetes e prestes a falir e que conhece um segredo sobre um milionário que teve um caso e um filho com uma vedete, o que ele sempre escondeu da família.

Ivani Ribeiro mais uma vez brilhava no texto, Wálter Avancini e Henrique Martins na direção, e um grande e bem escolhido elenco se entregava de corpo e alma aos seus personagens, fazendo com que “Cavalo Amarelo” se transformasse em um grande sucesso no horário das 19 horas, aproveitando que “Chega Mais” na TV Globo derrapava na audiência.

Foi também uma novela de muitos destaques no elenco, que tinha Yoná Magalhães deslumbrante como a vedete Pepita; Fulvio Stefanini como Téo, o filho de um milionário e metido a playboy; Wanda Stefânia brilhante e premiada pela crítica especializada, que interpretava Jaci, uma garota que se passava por homem para garantir o sustento dela e do pai e Rodolfo Mayer como o milionário Dr. Maldonado, que escondia um tesouro em um cavalo amarelo e rivalizava o tempo todo com a Dulcinéa de Dercy Gonçalves.

O elenco com muitos veteranos da TV em bons papéis se divertia muito com o texto de Ivani e as gags de Dercy, que muitas vezes improvisava em várias cenas da sua personagem. Quando as cenas então eram entre Dercy e Jorge Dória que vivia o engraçado e ardiloso Barbosinha, em mais um trabalho marcante na televisão, aí o público tinha direito a boas gargalhadas.

Kito Junqueira como o bom moço Zeca; Rolando Boldrin vivendo o divertido advogado Alberto; Márcia de Windsor como a bela, elegante, mas frágil Joana e Wálter Prado e Carmen Monegal como o inconstante casal Wálter e Belinha eram outros bons destaques da novela da Bandeirantes.

No elenco muito bem selecionado por Wálter Avancini ainda se destacavam os veteranos Newton Prado, Carminha Brandão, Rafael de Carvalho, Etty Fraser, Maximira Figueiredo, Guilherme Côrrea, Aldo César, Eduardo Abbas, Oswaldo Campozana, Lupe Ferreira e Válter Santos.

E no elenco mais jovem estavam a bela Marta Volpiani como a rebelde Lalucha, o garoto Douglas Mazzola, as belas e sensuais vedetes encabeçadas por Regina Dourado, Alzira Andrade e Cristina Prado, além de Jacques Lagoa e Paulo Leite.

Um sucesso da Bandeirantes que rendeu uma continuação, “Dulcinéa Vai à Guerra”, escrita por Sérgio Jockyman, mas que não obteve o sucesso de “Cavalo Amarelo”, e acabou tendo que ser encurtada e até mudou de autor, com Jorge Andrade assumindo os últimos 50 capítulos.

Na continuação, do elenco original só sobraram Dercy, Guilherme Correa, Etty Fraser, Jacques Lagoa e Oswaldo Campozana. Mas o elenco ganhou o reforço de talentos como Renata Fronzi, Paulo Gonçalves, Homero Kossac, Maria Fernanda, Agnaldo Rayol, Sandra Barsotti, Arlindo Barreto, Nicole Puzzi, Hélio Souto, Paulo Hesse, Sonia Oiticica, Muíbo Cury, Lia de Aguiar, Abrahão Farc e Carmen Marinho.

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