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Diabéticos devem evitar chinelos. Saiba outros cuidados com os pés

24 de Agosto de 2018

Os cuidados do diabetes podem interferir na saúde de outros órgãos, que precisam de atenção redobrada e exames regulares, de maneira a prevenir e tratar problemas.

Para os diabéticos, os pés não são apenas membros de sustentação e, se os cuidados não estiverem em dia, a sensibilidade do membro pode ser afetada, ou até mesmo acarretar em uma amputação.

Foto: Visual Hunt
 

Isso acontece, pois os pés estão em uma região periférica, que por si só, já tem circulação mais difícil e, com níveis de açúcar descontrolado, ocorre o estreitamento e endurecimento das artérias, fazendo com que o sangue não chegue aos pés. 

Entre os sinais que podem significar problemas, estão: dormência nos pés; perda ou diminuição dos pelos nos pés e nas pernas; micoses; feridas e secreções; pele seca, escamosa ou brilhante; pontas dos pés arroxeadas; rachaduras nos calcanhares; perda de sensibilidade; formigamento ou queimação nos pés; calos em pontos de pressão e constante fricção dos pés; e aparecimento de câimbras em repouso ou ao caminhar.

O primeiro e principal cuidado é o bom controle glicêmico. O uso adequado de medicações e insulina, controle de taxa de glicose, que deve estar entre 80 e 130 em jejum, de maneira geral e, após as refeições, de 160 até 180, e o cumprimento da dieta alimentar adequada, são essenciais, porque a falta de controle da glicemia interfere na circulação, principalmente abaixo dos joelhos, podendo estreitar os vasos sanguíneos.

Recomenda-se que seja feita uma análise diária dos pés, de maneira a notar mudança de coloração e temperatura. É importante também sempre olhar entre os dedos, verificando se há presença de micoses ou infecções. Deve-se notar também se há presença de infecções, cortes, bolhas, calos ou feridas. Caso haja dificuldade para olhar a sola dos pés, pode ser usado um espelho ou pedir a ajuda de um amigo ou familiar para analisar.

Pela alta sensibilidade dos pés, pessoas portadoras de diabetes devem evitar andar descalças ou com chinelos, por serem calçados que deixam o membro exposto. Dessa forma, o pé descalço ou desprotegido fica suscetível a contrair infecções ou feridas, que podem ter a cicatrização prejudicada pela condição diabética.

Quando estiver sentado, o diabético deve procurar apoiar os pés em um banquinho, melhorando a circulação sanguínea da região. Entre os hábitos que devem ser evitados ao sentar estão cruzar as pernas, pois piora a circulação, evitar ficar sentado por muito tempo, procurando levantar e andar um pouco.

Em casos de longas viagens, se não for possível levantar, é recomendado esticar os pés, movimentando-os para cima, para baixo e em círculos e mexendo os dedos. Manter a hidratação também é importante, de modo a evitar desidratação e embolias.

Os cuidados ao lavar os pés também são importantes, sendo recomendado o uso de água morna e sabonete. É necessário deixar a água cair e passar o sabonete delicadamente e, ao secar, enxugar entre os dedos com cautela. Depois, é recomendada também a aplicação de hidratantes ou óleos sobre a pele da parte de cima do pé, e evitar passá-los entre os dedos, na sola e em feridas. O uso do talco não é recomendado, pois pode provocar o ressecamento da pele.

Os cuidados de calos e até mesmo para cortar as unhas requer a análise de um podólogo. As unhas devem ser aparadas com uma tesoura de ponta redonda ou por cortadores de unhas, e nunca devem ser cortadas em formato arredondado, pois o formato facilita o aparecimento de unha encravada e de infecções.

A escolha de calçados também requer atenção. Ao comprar, é recomendado ir à loja na parte da tarde, pois o pé estará do tamanho certo e não ficará apertado depois. O diabético deve sempre procurar sapatos macios, sem costuras, sem bico fino ou com salto muito alto. Deve também ser evitado o uso de sandálias com tiras ou fivelas. Sapatos fechados devem ser usadas com meias de algodão, incluindo o uso de sapatilhas, que devem ser usadas com meias específicas, deixando o pé respirar e absorvendo o suor.

O melhor exercício para os pés é exatamente a sua função: a caminhada. Para isso, é importante se atentar a usar um calçado adequado e confortável e fazer o exercício em uma superfície plana. Se a pessoa apresentar dor ou machucados, é recomendado evitar a caminhada e procure um médico. A endocrinologista afirma que o problema é mais comum após os 65 anos, mas que os cuidados são a principal forma de tratamento.

Fonte: R7

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