Cultura - Música

Franceses da Cie DCA se apresentam em curtíssima temporada na 15ª Temporada de Dança do Teatro Alfa

22 de Agosto de 2018
Divulgação

As comemorações dos 20 anos do Teatro Alfa e da sua 15ª Temporada de Dança continuam. Depois da temporada concorrida para espetáculos do Grupo Corpo, entra em cartaz a primeira programação internacional, representada pela Cie DCA, de Philippe Decouflé.  Nouvelles Pièces Courtes fica em cartaz dias 31 de agosto, 1º e 2 de setembro (sexta-feira, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, 18 horas). Faz parte do elenco o bailarino brasileiro Julien Ferranti.

A companhia de Decouflé veio para o Teatro Alfa pela primeira vez há 18 anos. Ela já se apresentou em 2000 – quando a Temporada de Dança ainda não estava oficializada –, 2008 e 2012. Marcado por espetáculos oníricos, cheios de imaginação, encantamento e humor, Decouflé apresenta sua criação mais recente, Nouvelles Pièces Courtes, que apresenta o talento interdisciplinar do coreógrafo em combinações incomuns entre dança, música, circo, teatro, cinema – além de forte influência das histórias em quadrinhos.

Sobre Nouvelles Pièces Courtes, espetáculo que estreou em maio de 2017 em La Rochelle, no Grand Théâtre de la Coursive, e em dezembro em Paris, no Théâtre National de Chaillot, novo teatro-sede da DCA – Decouflé diz: “Muitos espetáculos de dança moderna que me marcaram são construídos na forma de peças curtas. De Georges Balanchine a Merce Cunningham, passando por Martha Graham e Alwin Nikolais, os coreógrafos americanos que me influenciaram, apresentaram quase sempre espetáculos compostos por peças curtas. Penso que este sistema convém à dança, onde a escritura é sempre mais poética do que narrativa e onde o formato deve ser adaptado ao tema. Acho que meu gosto pelo formato curto vem, mais ainda, do rock’n roll, com suas obras musicais breves e eficazes”.

Dividido em seis atos, Nouvelles Pièces Courtes eleva ao máximo as decoufleries – como ficou conhecida a fusão singular entre dança, circo e imagem, desenvolvida por Philippe Decouflé. A composição de cada ato é única para o trabalho: em algumas delas a estrutura coreográfica é essencial, e em outras a dança é apenas um elemento de uma série complexa de componentes. Há muitas técnicas envolvidas, da dança à pantomima (história representada por meio de gestos mímicos), do chão às acrobacias aéreas, todas usadas de forma livre, de acordo com o efeito que Decouflé pretende causar no público.

A escolha também representa uma série de possibilidades para os artistas que estão em cena que, além de dançar, também cantam, falam, atuam e tocam instrumentos. “Em certos momentos as imagens ao vivo são aprimoradas pelo uso de imagens projetadas, mas sempre com bastante atenção ao equilíbrio para que nenhuma imagem se sobreponha ou seja mais potente que outra. A ideia é permitir que o espectador deixe seu olhar vagar à vontade por essa paisagem dentro de um mundo transbordante e em camadas”, diz o artista.

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