Cultura - Música

Fabiana Cozza canta Ivone Lara no show A Dama Dourada

6 de Julho de 2018

Em clima intimista, voz e violão, a cantora Fabiana Cozza, ao lado do músico Alessandro Penezzi, presta homenagem à cantora Dona Ivone Lara, falecida em abril, no show A Dama Dourada no dia 13 de julho, sexta-feira, às 21 horas e 30 minutos, na Tupi Or Not Tupi.

Divulgação

O show é uma celebração de parte do cancioneiro de Dona Ivone Lara e seus parceiros, com destaque para o mais reluzente, na opinião de Cozza, o imenso poeta Délcio Carvalho. No repertório, canções clássicas marcadas pela voz de Ivone Lara: Canto do meu Viver, Candeeiro da vovó, Alvorecer, Doces recordações, Nasci para Sonhar e Cantar, entre outras.

 "Agô é uma palavra iorubá que significa pedido de licença, de permissão. Assim será sempre com a música de Dona Ivone Lara. Agô!", diz Fabiana.

É com esse pedido de licença que Fabiana Cozza interpreta uma das maiores damas da música popular brasileira, Dona Ivone Lara ou, A Dama Dourada, como intitula Cozza em seu artigo publicado no livro As Bambas do Samba, publicado em 2016 pela editora da Universidade Federal da Bahia.

“Jamais poderia escrever sobre Dona Ivone Lara. A escrita, quiçá, me exigiria finalizar um parágrafo, encerrar o período, concluir ideias. A dama dourada é uma pintura que se desenhou diante dos meus olhos quando a vi pela primeira vez. É música. Por isso, falar desta eterna jovem senhora revira as minhas memórias, vasculha o meu peito, traz o nosso primeiro abraço, o meu primeiro beijo em suas mãos, a primeira espera no camarim antes de subirmos ao palco juntas, a primeira visita em sua casa por conta de seu aniversário comemorado na rua, em torno de uma roda de samba”, afirma Cozza.

 “Tive a oportunidade de participar e conversar com Dona Ivone algumas vezes. É um respeito imenso estar diante de alguém que bravamente conquistou sua coroa, que nunca desistiu, que sempre compôs mesmo não podendo dizer que a assinatura da música era de uma mulher. Tem muita magia assistir a um teatro inteiro ovacionando um ídolo eleito pelo povo, a catarse das gentes por se enxergar naquele que, por alguns instantes, transforma-se num coro”, conclui a cantora.

 

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