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Os nódulos são protuberâncias do tecido tireoidiano, que podem ser palpáveis ou identificáveis por exames complementares. Eles constituem a principal manifestação clínica de uma série de doenças da tireoide, com uma prevalência de aproximadamente 10% na população adulta.
De acordo com a endocrinologista da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica, Dra. Sharon Raicher Rosenthala, as causas são várias. “Os nódulos podem aparecer quando a tireoide não está funcionando bem, tanto por excesso de produção de hormônios (hipertireoidismo), quanto pela sua diminuição (hipotireoidismo). Pode haver também alterações na estrutura morfológica da glândula, na forma como estoca seus hormônios ou no substrato que usa para produzi-los. Felizmente, nove em cada dez nódulos tireoidianos são benignos”.
A especialista da Amhpla afirma que as mulheres são mais acometidas, porém, homens portadores de nódulos tireoidianos têm mais chances de apresentarem lesões malignas do que as mulheres. “Se uma pessoa tem um nódulo de tireoide, a probabilidade de ele ser um tumor maligno é maior em nódulos que apresentam crescimento rápido, em idosos (idade maior que 60 anos), em pacientes do sexo masculino (17% contra 8% nas mulheres), em tumores que levam à paralisia de corda vocal, em histórico familiar de câncer de tiroide, entre outros”, salienta.
Mas, cuidado. A maioria dos nódulos é assintomática e raramente as pessoas queixam-se de dor de garganta, no maxilar ou no ouvido. “O sinal mais comum é de uma elevação nodular no pescoço que progressivamente aumenta de tamanho ou é percebida durante consulta para tratamento de outro distúrbio não relacionado com o nódulo. Por isso, deve ser feita uma consulta médica com um endocrinologista ou cirurgião de cabeça e pescoço. Ele fará uma anamnese e exame físico detalhados, seguidos de exames complementares que forem indicados para cada caso”, complementa a endocrinologista.
E em casos de nódulos não tratados, Dra. Sharon pontua as consequências: “Se ele for benigno, pode haver um crescimento progressivo com compressão das estruturas profundas do pescoço, levando a falta de ar, tosse seca, dificuldade para engolir e rouquidão. Já um nódulo maligno não tratado, pode levar ao aparecimento de metástases à distância. Ou seja, há disseminação do tumor para outros órgãos. Os mais comuns são gânglios linfáticos cervicais, pulmões, fígado e ossos”, conclui.
