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Dia Mundial do Refugiado promove a integração e a cultura

20 de Junho de 2018
Foto: DNotícias

O Dia Mundial do refugiado é celebrado no dia 20 de junho desde 2001 como uma oportunidade para celebrar a coragem, a resistência e a força de todos os homens, mulheres e crianças forçados a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos e perseguições.

Nesta data o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e seus parceiros promovem a integração entre brasileiros e celebram as diferentes culturas com diversos eventos em sete capitais país. A agenda de comemorações inclui mostras de cinema, de fotografia, música e gastronomia.

No dia 23 de junho acontece 3 festivais com entrada franca: o MigrArte (em Brasília), Rio Refugia (no Rio de Janeiro) e a Festa Cultual do Migrante (em Manaus).

Esta noite em São Paulo, a cantora Ana Cañas se apresenta em prol da causa do refúgio no Theatro NET. A renda do show será destinada ao ADUS - Instituto de Reintegração do Refugiado - que atua junto aos refugiados e outros estrangeiros vítimas de migrações forçadas na cidade de São Paulo, a fim de reduzir os obstáculos que enfrentam para sua efetiva reintegração na sociedade.

Em seu relatório anual Tendências Globais, divulgado ontem (19), o ACNUR informa que 68,5 milhões de pessoas viviam em situação de deslocamento forçado por perseguição, conflitos e violência generalizada até o final de 2017, batendo um novo recorde pelo quinto ano consecutivo.

O crescimento no número de deslocados de maneira forçada foi de 4,4% em relação a 2016 — quando 65,6 milhões de pessoas no mundo viviam nesta situação. O relatório destaca que novas crises deflagradas em países como República Democrática do Congo e Mianmar (foto) contribuíram para o aumento.

Desproporcionalmente, os países em desenvolvimento são os mais afetados e abrigaram 85% dos refugiados (aproximadamente 16,9 milhões de pessoas) no mundo em 2017. O Líbano continua a ser a nação que abriga o maior número de refugiados em relação ao tamanho de sua população. No país, uma a cada seis pessoas é refugiada sob jurisdição das Nações Unidas. A Jordânia fica em segundo lugar no ranking, com um refugiado a cada 14 pessoas, e a Turquia em terceiro, com um refugiado a cada 23 pessoas.

Relatório anual Tendências Globais
Imagem: ACNUR

Segundo dados divulgados pelo CONARE no relatório “Refúgio em Números”, o Brasil reconheceu, até o final de 2017, um total de 10.145 refugiados de diversas nacionalidades. No total, 33.866 pessoas solicitaram o reconhecimento da condição de refugiado no Brasil em 2017.

Os venezuelanos representam mais da metade dos pedidos realizados, com 17.865 solicitações. Na sequência estão os cubanos (2.373), os haitianos (2.362) e os angolanos (2.036). Os estados com mais pedidos de refúgio são Roraima (15.955), São Paulo (9.591) e Amazonas (2.864), segundo dados da Polícia Federal.

 

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