Colaboradores - Lica Gimenes

11ª Bienal de Arquitetura promove obra e palestra do artista argentino Tec sobre grafite e cidade no

19 de Janeiro de 2018

O artista plástico argentino Tec fará no dia 27 de janeiro (sábado) palestra sobre grafite e cidade no Sesc Parque Dom Pedro II, na qual abordará sua produção de figuras gigantes no asfalto nas ruas de São Paulo. Na ocasião, o público poderá conferir uma arte que o artista fará no piso da unidade do Sesc na sexta, 26. A convite da Bienal de Arquitetura, Tec realizará um grafite que reconhece o entorno do Parque Dom Pedro II e resulta em uma base lúdica para brincadeiras que provocam interações pelo público jovem que frequenta o Sesc

 

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"Sempre morei em cidades planas, como Buenos Aires e Córdoba. Quando cheguei a São Paulo, deparei-me com as possibilidades das ladeiras da cidade, sobretudo, as do bairro de Perdizes. Para mim, esses leitos íngremes são grandes suportes para meus desenhos. Consigo trabalhar também com o conceito de perspectiva a distância, já que as figuras só podem ser observadas e entendidas com uma inclinação apropriada. É desafiador!", informa Tec.

O evento faz parte da programação da 11a Bienal de Arquitetura de São Paulo, e acompanha a Exposição Imaginário da Cidade, articulada a uma ampla programação desde outubro de 2017, que promove uma discussão sobre o lugar do projeto na arquitetura, em colaboração com a produção cultural e urbana, para pensar a construção coletiva da cidade, questionando o lugar de uma Bienal em uma cidade como São Paulo.

A Bienal segue com uma programação intensa até o dia 28 de janeiro e exposição aberta no Sesc Parque Dom Pedro II. Programação abaixo.

 

Onde: Sesc Parque Dom Pedro || - Praça São Vito, s/n - Brás, São Paulo - SP, 03007-030

Quando: 27 de janeiro

Horário: 16h

Classificação: Livre

Entrada: Gratuita

 

 

SOBRE O ARTISTA

Córdoba, Argentina

Vive em São Paulo, Brasil

A combinação de suportes e técnicas é a tônica do trabalho do artista cordobés, que faz da rua sua fonte de inspiração estética. Tec explora a ambiguidade dos espaços públicos e privados da arte, usando métodos diversos: intervenção performática, instalação de site-specific e filmagem de ação.

O artista inovou e ampliou o cenário da arte urbana com seus desenhos gigantes pintados no asfalto, fazendo uso da perspectiva a distância. Para registrar esses trabalhos, mapeando o circuito de sua produção, filma e captura as imagens com uma câmera acoplada a um drone.

Nas telas, ele une a velocidade da action painting ao rigor formal das camadas que se sobrepõem. Seu traço e o manejo da cor fogem ao conhecimento estabelecido e à aparência das coisas para instaurar pelo ato criativo uma nova interpretação do real. Suas obras reverberam e reafirmam sua relação com a cidade, expressa num intenso diálogo entre a ação e o controle.

No conjunto de sua produção, manifesta-se uma notável identificação com o universo poético infantil, seja nos grafismos, seja nas imagens, seja nas cores.

Atento à função social da arte, Tec frequentemente ministra palestras e oficinas práticas, sobretudo, em escolas públicas criando narrativas que dão conta da produção feita no ambiente nacional e internacional, desde a pintura rupestre até o surgimento do grafite e da pichação. Ao final da oficina, o artista pede aos alunos para desenharem livremente, sem impor nenhum tema e estética. Com esse material em mãos, reproduz as ilustrações, aumentando a escala dos desenhos nos muros das escolas ou da cidade. Dessa maneira, elas ganham status de mural e são valorizadas, tanto pelas crianças como pelos seus pais, gerando uma relação entre eles por meio da arte.

Conhecido internacionalmente com a mostra "De Dentro e De Fora", realizada em 2011 no Museu de Arte de São Paulo (Masp), Tec expôs seus trabalhos em outras instituições de grandes cidades, como Nova York, Washington, Barcelona, Berlim e Colônia, e participou de feiras de arte, entre as quais a ArteBa (Argentina), a SP-Arte (Brasil), a ArtRio (Brasil) e a Scope Miami Beach (Estados Unidos).

Em 2015, o artista realizou um dos maiores murais de São Paulo num edifício na rua Amaral Gurgel, que dá para o Minhocão.

 

 

Programação 11ª Bienal de Arquitetura

 

A Craco re-existe: as artes à serviço da cidade

Onde: Teatro de Contêiner (geodésica) – Rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia

Quando: 17/01 (quarta)

Horário: 19h às 22h

Parque Aquático Móvel + lago com peixes e plantas

Onde: Sesc Pq. D. Pedro II, exposição da Bienal de Arquitetura

Quando: 21/01 (domingo), Lago de 21 a 28/01

Horário: 14-18h

 

Oficina Cidade Metafórica

Onde: Sesc Pq. D. Pedro II, exposição da Bienal de Arquitetura

Quando 20/21 Janeiro (sábado e domingo)

Horário: 13:00 às 15:30 h

 

TEC: pintura no piso do Sesc de um mapa/playground do imaginário de seu entorno e palestra sobre o grafite e a cidade

Onde: Sesc Pq. D. Pedro II, exposição da Bienal de Arquitetura

Quando: 26/01 (pintura) e 27/01 (palestra)

Horário da palestra: 16h

 

Exposições Abertas da Bienal:

 

Imaginário da Cidade

Onde: SESC Pq. Dom Pedro II

Quando: até 28/01/2018

Horário: Quarta a domingo e feriados, das 10 às 18h

Visita monitorada às 14h30

Praça São Vito, s/n - Brás

Aberto ao público e gratuito

 

Módulos Satélites

Onde: SESC Pq. Dom Pedro II

Quando: até 28/01/2018

Quarta a domingo e feriados, das 13h às 18h

Praça São Vito, s/n - Brás

Aberto ao público e gratuito

 

Exposições da Bienal em espaços parceiros:

 

Exposição "Cumbica", de Tuca Vieira

Onde: Casa do Povo

Quando: 16/01 a 27/01

Horário: Terça a sábado, das 14h às 19h

Casa do Povo - R. Três Rios, 252 Bom Retiro São Paulo

Aberto ao público e gratuito

 

SITU #7

Onde: Galeria Leme

Quando: até 20/01/2017

Av. Valdemar Ferreira, 130 – Butantã

Aberto ao público e gratuito

 

Sobre a 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo

A Exposição da 11ª Bienal está inserida em uma rede de espaços da cidade, incluindo quatro locais oficiais e outros espaços parceiros. Cada um foi planejado no formato de um arquivo, incluindo material audiovisual, fotografia, arquivos e uma série de coleções mostradas na Biblioteca da Bienal. Os trabalhos selecionados revelam maneiras de representar, mapear, qualificar, construir, editar, usar e ocupar a cidade.

Como resultado, a Bienal apresenta um arquivo - inventário de formas contemporâneas de arquitetura - e uma rede articulada de ações que promovem resultados materiais e imateriais. Vivemos momentos de transformação. Neste contexto, a arquitetura busca outras formas de colaboração e coexistência, aproximando os meios de fazer e ser e ampliando seu campo de ação.

Para mais detalhes sobre os projetos e para ver o programa completo da 11ª Bienal, visite o site da Bienal (11bienaldearquitetura.org.br/).

 

 

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