Colunistas - André Garcia

Peugeot 2008 um Crossover honesto

12 de Janeiro de 2018

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com custo de aquisição e manutenção bem atrativo, ele pode te conquistar

Algumas coisas me chamam muito atenção no brasileiro ou ele sofre da síndrome do vira-lata ou ele sofre da síndrome do soberbo, sinceramente não sei o que é pior.

Por que esse papo?

Infelizmente quando as marcas francesas de automóveis desembarcaram no Brasil, não lembro qual foi a estratégia, e nem é esse o interesse discutir aqui,  mas deu tudo errado e criou-se a crença de carro ruim e pós-vendas idem.

O mesmo se deu com algumas marcas de moto que anos mais tarde, acertaram a mão na operação e caminham bem, como Ducati, Triumph e Harley Davidson, reconquistando seus fieis clientes e admiradores. Aliás, a Triumph é referência em pós-vendas no setor de duas rodas ganhando prêmios há 5 anos.

Crossover é bonito por qualquer ângulo que seja visto. Foto: André Garcia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas parece que o magoa do consumidor de automóvel é mais difícil de vencer.

Vamos lá, talvez o brasileiro não lembre, mas ele que é tão ligado a automóvel e esporte motor, ou melhor, era na Fórmula 1 na época de Ayrton Senna, precisa saber que o grupo PSA (Citroën/Peugeot) detém 13 títulos de pilotos e outros 13 títulos de fabricantes/construtores no mais duro Campeonato Mundial de Rali organizado pela FIA disputado em todo terreno (asfalto, lama, neve e terra), nos mais diferentes cenários que a geografia terrena possa propiciar como desertos, planícies geladas ou quentes, montanhas geladas, chuvosas, úmidas, secas ou quentes.

Tá bom André e?

Vai lá e pergunta para o Marcus Grönholm, ou Gilles Panizzi ou para o Sébastien Loeb (teve azar no Dakar 2018, caindo em um buraco gigante) sobre o carro.  Tenho certeza que a resposta deles, seria a mesma de Ayrton Senna em relação ao chassi McLaren e motor Honda. Lembrando que WRC é praticamente carros de linha. Tá houve mudanças, mas e os títulos com o 206??  E nem vou falar do Dakar..rs..rs..

Homem-Leão de Stadel é o logo da Peugeot  

Evidentemente, que dadas as dimensões, uma marca ou fabricante que ganha por 26 vezes o WRC seja como piloto ou fabricante e por 3 vezes Le Mans (1992/1993 e 2009), não constrói carros ruins. Talvez um puxão de orelhas na subsidiária, que parece já ter levado e está dando resultados.

SUV ou CROSSOVER

Quando fiz pós-graduação em Gestão e Direito de Trânsito, estudei um matéria denominada “Segurança Automotiva” e lembro do dia que o Prof. Cécere esmiuçou esse estilo de automóvel e as diferenças de chassi, monobloco etc...

O tema é longo, mas vou simplificar: SUV- Veículo Utilitário Esportivo, é derivado de caminhões e pick-up´s, montados sobre chassi (body-on-frame), grande rigidez, tração 4x4, grande capacidade de carga e reboque, pouco  conforto. Exemplos: GM Suburban, Ford Rural, Ford Explorer nos primeiros modelos antes de ser montado sob o chassi do Taurus, que passou a ser Crossover, os fãs choram até hoje e pedem para a Ford mudar o nome.

E o Crossover? O termo vem de cruzamento. Montado sob chassi monobloco de carro, menos rígido que do ponto de vista de segurança é melhor, 4x2 em 99,9% da categoria, confortável, espaçoso com grande capacidade de carga, consumo de combustível é bem mais comedido,o fabricante centralizou forças eficiência energética.

Só usei etanol e a média em rodovia ficou em 10,5Km/l

Portanto, eu fico envergonhado em ver a mídia tratando SUV quando é Crossover.

É plausível o fabricante fazer isso por marketing, mas o  jornalista especializado tem o dever de passar a informação correta.

Salvo engano, hoje, de vaga lembrança, SUV só a GM Equinox e Toyota Hilux SW4.

Andando no Peugeot 2008

Quem me conhece sabe que sou adepto da motocicleta e scooter, sou um “hard user” , mesmo na chuva ou no frio.

Carro só com a família e quando sai três ou mais. Até dois(eu e outro) é moto!

Com exceção dos chineses, já andei em todos os modelos na categoria Crossover e aqui fica registrado um gosto pessoal: carro tem que ter um bom câmbio automático e ser confortável. Quando digo confortável entenda um banco com boa densidade de espuma, que encaixe, vista bem, tecido com bom tato ou em couro e um acerto de suspensão macia, nada de repassar para o habitáculo o efeito do buraco ou ondulação da pista. Quem mora em São Paulo sabe do que estou falando. Motor não precisa ser nada exagerado, mesmo porque não há necessidade e tenho dó do meu bolso($). Algo pouco acima de 100cv de potência e de 15 Kgfm de torque já está de bom tamanho para um carro médio levar uma família com até 5 pessoas. Mas confesso que estou ansioso pelo modelo com motor THP com câmbio automático.

Gosto é muito pessoal, mas na minha opinião esse Crossover é o mais bonito no mercado hoje, em termos de design ganha disparado de todos os concorrentes e já tem quem reclame que não tem a mesma cara do 2008 comercializado na França.

Aqui mais uma contemplação do desing francês e a prova do que submeti o 2008 Foto: André Garcia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao sentar na direção do 2008 a primeira coisa que me chamou atenção foi a facilidade de ajustes e a posição que fica o motorista, com todos os comandos a mão, volante (revestido em couro) é impecável, realmente, é sensacional, pequeno, confortável e esportivo ao mesmo tempo que resulta em um guiar ágil, com comandos para rádio e bluetooth e fácil ajustar em altura e profundidade. O tal i-Cockpit denominado pela Peugeot que se traduz em maior atenção ou mimo ao motorista é traduzido na prática.

A cabine é ampla, materiais transmite bom tato e o teto panorâmico é fantástico, abri ainda na saída da sede da PSA e não fechei mais. É sensação, difícil transmitir aqui para você que está lendo. Para um cara que usa moto 99% dos trajetos, dirigir um carro com um teto todo de vidro é sensacional, com o fresquinho do ar-condicionado, melhor ainda.

Digno de Nota: o grande atrativo desse carro é a grande área envidraçada que confere bem estar, amplitude. Um grande amigo, logo depois que fiquei com o carro, se consultou e tal, comprou um e veio me mostrar, mas ficou bravo comigo, pois lhe parabenizei por dois motivos: 1) pela compra do carro novo, um 2008 Crossway AT6; 2) por ter acabado com o carro, diante de aplicação da película escura.

Aqui em família, ausente o filho adulto no banco de trás

P@#$!!! As pessoas precisam parar com a neurose de que essa porcaria aumenta a segurança. Muito pelo contrário, aumenta a insegurança viária pela perda da visibilidade periférica. E pior, se o delinquente te pegar, em muitos casos, ninguém vai ver. A maior arma contra a delinquência é a atenção, desliga o celular que você dificilmente, será abordado, pelo simples fato de que você tirou dele o fator surpresa.

Ahhh!! Meu amigo ficou p. da vida comigo, mas tanto me deu razão que tirou e depois ficou chorando que jogou $$$ fora.

Ainda falando da cabine, acomoda bem uma família com 5 pessoas, sem frescura, minha esposa e eu na frente, meus três filhos, um adulto e dois adolescentes atrás sem aperto.

Porta-malas cabe tudo.

O câmbio automático 6 marchas, simplesmente fez o 2008 renascer. Cheguei a dirigir o modelo com 4 marchas, era, sinceramente um horror No Aisin AT6, o escalonamento ficou perfeito, ele entende muito melhor as intenções do motorista. Não usei os modos ECO, SPORT e Sequencial, confesso,...enfiei o DRIVE e ficou por conta da máquina e do meu pé direito.

Porta-malas oferece bom espaço e acomoda bem as bagagens

Outro ponto que senti melhora em relação ao modelo anterior foi na recalibração da suspensão, a anterior por vezes, dependendo da quantidade de ondulações e buracos, fazia barulho de bucha, este, literalmente, torturei o coitado e rendo-me ao bom trabalho da Peugeot, que acertou a mão, deixando o 2008 entre o rodar macio e firme sem que nas curvas haja inclinação demasiada e sem qualquer mísero barulho de suspensão, mantendo o conforto no habitáculo.

Se na cidade você sente o conforto pelo acerto de suspensão, boa altura e ângulo de ataque que supera qualquer valeta ou buraco, o câmbio AISIN de 6 marchas, mostrou-se bem acertado, atrelado ao motor 1.6 16V com 118cv quando abastecido com etanol, aliás, só utilizei este combustível, não sentindo falta de torque com 16,4 Kgfm a 4000RPM e falo de uma condução normal. Interessante é o limitador de velocidade que você pode programar, evitando multas. Mesmo pisando no acelerador, não ultrapassa a velocidade determinada.

Na rodovia, não se sente falta de potência, em 6ª marcha é uma delícia, baixo ruído, a 120 km/h a menos de 3000 RPM, conforto com o piloto automático(mesmo botão do limitador de velocidade) e ar-condicionado digital automático bi-zone, graças à Deus posso dirigir em paz enquanto a molecada utiliza o sistema Android Auto que também funciona no Apple CarPlay em uma central multimídia Touchscreen de 7”.

Vez ou outra, em ultrapassagem, quando enfia o pé no acelerador, ele reduz, aumenta a rotação e consequentemente o ruído na cabine, mas nada que comprometedor.

Volante é excelente. i-Cockpit visa mimar o motorista. Foto: AGarcia

Estacionar não é problema, ao entrar em uma garagem escura, por exemplo, o acendimento do farol é automático e o auxílio do sensor e camera de ré é muito bem vindo, nesse modelo senti falta do sensor dianteiro que utilizei no anterior com 4 marchas.

Dirigir à noite foi tranquilo, a iluminação é muito boa, a leitura no painel(com mostradores em LCD) é perfeita.

Falando em iluminação, o DRL ou farol de rodagem diurna aumenta a segurança e mantém harmonia com o desing do 2008.

Pensando em segurança, o 2008 Griffe vem bem equipado com com airbags para motorista, passageiro e do tipo cortinas, o importante ISOFIX, freios ABS que são obrigatórios por lei.

O que não gostei: do freio tipo aviação, assim denominado pela Peugeot, você até acostuma, mas é burocrático, falta de opção pelo estofamento em couro, ausências do GPS e do sensor de ponto cego (mesmo com as excelentes colunas A e B) que tornaria o modelo perfeito do ponto de vista de segurança, Tá! Eu sei que é um acessório que infelizmente o consumidor brasileiro não dá a menor importância, especialmente aqueles que não andam de moto.

Dirigibilidade é excelente. Foto: Alides Garcia

Ai me vem à mente uma  série de indagações. Outro dia uma amiga da minha esposa me pediu auxílio para comprar um carro. Ela estava interessada em um modelo Crossover que ultrapassa os R$ 100 mil, por mais um pouco compra-se um Volvo V40 modelo de entrada (cerca de R$ 130 mil) que tem até aviso de segurança no parabrisa;  ai depois de muito ponderar e mostrar pra ela que não tinha cabimento, que não valia, apesar dos predicativos do automóvel, ela vai e me compra um outro que é vendido por SUV, mas não é SUV e nem Crossover, pagou na faixa de R$ 75 mil e digamos, moralmente, é mais caro do que os modelo de mais de R$ 100 mil e vem com quase nada se comparado ao modelo de entrada do 2008.

Portanto, para você que está pensando em adquirir um automóvel.

Sem levar em consideração o valor inicial do modelo 2008, mas o valor do modelo que utilizei. O que você compra hoje com R$ 85 mil que lhe ofereça um automóvel completo, teto panorâmico com todos os atributos que já aqui discorrido?

Acesse o site, click aqui, veja o que tem. Vá na concessionária faça test drive, aliás, faça isso com todos os modelos. Avalie o automóvel e a concessionária. Faça questão de passar pelas piores ruas, desligue rádio, coloque o ar-condicionado no mínimo, sinta. Se um Crossover que é vendido como SUV que deveria ser confortável lhe transmitir buracos e ondulações de forma grotesca, como pequenos socos nas costas, por exemplo. Ai a opção é sua. Afinal gosto não se discute.  

Conheça o novo pós-vendas da Peugeot, clicando aquiEle melhorou muito e já se tornou importante ferramenta de venda da marca, aliás, o óbvio: o próximo carro é vendido na oficina.  

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