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As contribuições da prática ortomolecular no tratamento da osteoporose

3 de Janeiro de 2018
Foto: Divulgação 

Doença, que atinge diversas mulheres, precisa ser prevenida desde a infância

A osteoporose é uma das principais doenças relacionadas à idade avançada e é caracterizada pela perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento, provocando a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, fragilização dos ossos e aumento do risco de fraturas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define osteoporose como sinônimo de Densidade Mineral Óssea (DMO) diminuída.
A doença possui maior incidência entre as mulheres. Na faixa etária até 65 anos, a cada 7 pessoas com osteoporose, 6 são mulheres. 80% dos casos de mulheres com osteoporose estão relacionados ao envelhecimento ou menopausa, já os outros 20% acontecem por conta de medicamentos.
É uma patologia pouco sintomática e os pacientes costumam ser diagnosticados em estágios avançados da doença, geralmente, após a ocorrência de alguma fratura. Ainda não existe uma cura definitiva para a osteoporose, mas os tratamentos existentes são eficientes no retardamento de sua progressão e no controle das dores. Além de ser tratada, a doença também deve ser prevenida desde a infância.
 
Como e quando surge a osteoporose?
O osso é um tecido forte e que protege vários órgãos. Além disso, recebe a inserção de músculos, o que proporciona sustentação ao corpo. A matriz óssea é constituída por uma parte inorgânica de sais minerais, principalmente cálcio e fósforo, responsáveis pela firmeza dos ossos e, ainda, pela parte orgânica de colágeno, o que proporciona flexibilidade aos ossos.
O nutrólogo e percursor da medicina bioortomolecular no Brasil, Dr J Bussade, que também é o mentor científico da Bothanica Mineral, explica que existem três tipos de células no tecido ósseo: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos são as células responsáveis por formar a matriz óssea; os osteócitos são células que fazem parte do tecido ósseo, sendo alojadas justamente em sua matriz, e, por fim, os osteoclastos são células que têm a função de reabsorver a matriz óssea, além da regeneração e da remodelação do tecido ósseo
 Até os 30 anos, em média, os osteoblastos estão em constante produção de ossos, mas, a partir dessa idade, começam a entrar em ação os osteoclastos, que iniciam uma destruição dos ossos. Nesse período a osteoporose pode surgir, já que o corpo está produzindo pouco osso ou reabsorvendo ossos velhos. “Trata-se de uma doença metabólica, sistêmica em toda a estrutura óssea”, afirma Bussade.
 
Prevenção e tratamento
 
A conceito base da prática ortomolecular é a prevenção. Nesse contexto, o Dr J Bussade considera a osteoporose como uma doença infantil, que possui consequências geriátricas. Dessa maneira, ele defende que a prevenção em torno da doença deve ser iniciada ainda na infância.
O primeiro tratamento no âmbito da prevenção é direcionado para a prática regular de atividade física, pois ela aumenta a formação dos osteoblastos. Vale caminhar, dançar, praticar a musculação ou qualquer outro tipo de exercícios. O que importa é que quanto mais você se exercita, mais ossos vai produzir.
O Dr J Bussade alerta que o leite, na visão da prática bioortomolecular, não possui cálcio suficiente e seu consumo em excesso pode gerar uma descalcificação dos ossos. “Outras fontes melhores de cálcio são os vegetais, por exemplo. Também é importante consumir ovos, carnes e proteína vegetal como feijão e grão de bico. Diferente do que muitas pessoas pensam, o ovo não aumenta o colesterol”, afirma.
A vitamina D, que é adquirida pelo sol, também é muito eficaz para evitar e tratar a osteoporose. “A vitamina D3 pode ser tomada em altas doses, mas varia de acordo com o perfil da pessoa e também pode ser associada a vitamina K2, magnésio, vitamina A, além de e progesterona na mulher e testosterona no homem”, aponta Bussade.
O médico também destaca que, de acordo com a prática bioortomolecular, o hormônio que falta na mulher é a progesterona, e não o estrogênio como muito se pensa. Segundo ele, a pílula prejudica a produção de progesterona e o estresse também faz predominar o estrogênio. “A mulher precisa mais de progesterona que estrogênio, até mesmo na menopausa. Estudos apontam que o papel do estrogênio na osteoporose é mínimo, já o uso de progesterona, associado à prática de atividades físicas, pode reverter o quadro de osteoporose até mesmo em mulheres acima de 70 anos”, garante.
 
Fatores de risco
 
Os fatores de risco para o surgimento da osteoporose são: histórico familiar, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e baixa produção de cálcio.
Dr J Bussade ressalta a importância de as mulheres adquirirem conhecimento e estabelecerem um diálogo com seus médicos. “Sem o conhecimento adequado, educação e acesso a produtos naturais, as mulheres ficam mais vulneráveis ao que as indústrias e companhias publicitárias recomendam, com abordagens tendenciosas visando o lucro e não o real bem-estar das pessoas. É preciso que as mulheres se preocupem mais com a saúde e estilo de vida. Elas precisam perguntar mais para os médicos, pois a consulta não deve ser um monólogo, mas sim um diálogo” declara.
 

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