Colunistas - Rodolfo Bonventti

O Locutor da Revolução gostava de apelidar todos os artistas

2 de Agosto de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

César Rocha Brito Ladeira tinha uma voz grave e em 1931, com apenas 20 anos, se tornou locutor na Rádio Record de São Paulo. No ano seguinte, com o nome artístico de César Ladeira, se transformou na voz mais famosa do Brasil e no “Locutor da Revolução”, já que foi escolhido pelo governo paulista para transmitir diariamente, no final da noite, todas as movimentações que envolveram a Revolução Constitucionalista de 1932.  

O sucesso o levou para a Rádio Mayrink Veiga em 1933, onde além de locutor se transformou em diretor artístico da emissora. Foi nessa época que ele começou a criar apelidos para os principais artistas que se apresentavam nos auditórios das nossas rádios. Carmen Miranda virou A Pequena Notável enquanto Silvio Caldas se tornou O Caboclinho Querido e Emilinha Borba a Garota Grau Dez. Apelidos que se tornaram marca registrada em todo o País desses artistas, ou até internacionalmente como foi o caso de Carmen Miranda.

 

 

 

 

 

 

 

 

Além de radialista, locutor e diretor artístico, Ladeira também arriscou na carreira de ator tendo participado dos filmes “Alô, Alô, Brasil”; “Banana da Terra”; “Sob a Luz do Meu Bairro”; “Folias Cariocas”; “Toda a Vida em Quinze Minutos”; “Garotas e Samba” e “Os Cosmonautas”. Também atuou, dois anos antes de sua morte em programas humorísticos da TV Tupi do Rio de Janeiro.

Em 1948, César Ladeira estreou na Rádio Nacional o programa “Seu Criado, Obrigado”, um grande sucesso que ficou mais de dez anos no ar. Durante os muitos anos que trabalhou no Rio de Janeiro, Ladeira foi um verdadeiro embaixador da música e dos artistas paulistas, fazendo questão de divulga-los e de leva-los nos seus programas na Cidade Maravilhosa.

O paulista César Ladeira conheceu uma jovem estrela de nome Renata Fronzi no Rio de Janeiro, no Teatrinho Jardel Jércolis, onde ela era uma das principais vedetes. Nasceu ali uma grande paixão que resultou em casamento e em dois filhos: César e Renato. E com a mulher ele produziu e escreveu números musicais para os palcos e para a televisão, sempre com Renata como a estrela.

 

 

 

 

 

 

 

Ele ainda apresentou por muito anos o programa “Crônica da Cidade”  na Rádio Nacional, e morreu repentinamente em 8 de setembro de 1969, com 58 anos de idade, deixando um legado muito importante para a história do rádio no Brasil.

 

 

 

 

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