Colaboradores - Fabiano de Abreu

Björk revela ter sido abusada sexualmente por Lars Von Trier

17 de Outubro de 2017

Bjork e Lars Von Trier

Foto: Reprodução

 

A cantora alternativa Björk, foi ao Facebook, novamente, falar sobre um certo "diretor dinamarquês" que a assediou sexualmente. O diretor no caso, é Lars Von Trier (o único diretor dinamarquês com quem a cantora trabalhou em sua curta carreira como atriz). Segundo a cantora o episódio teria acontecido durante as gravações do filme Dançando no escuro. O diretor negou as acusações, mas a cantora detalhou como tudo aconteceu.

Segundo a cantora, o diretor do tal filme lhe fazia propostas sexuais, com descrições de como sua mulher ficaria olhando para os dois, além de ter quebrado uma cadeira quando ela negou suas investidas, e dado entrevistas dizendo que cantora teria rasgado e comido pedaços de uma camiseta — exatamente o que Von Trier fez em entrevista à revista "Q", publicada em 2000.

"É extremamente difícil vir a público contar algo dessa natureza, especialmente quando se é imediatamente ridicularizada pelos abusadores", disse Björk, que foi chamada de "difícil" por Von Trier e um produtor, sócio dele, que trabalhou em "Dançando no escuro", de 2000.

Leia abaixo os tópicos listados por Björk:

"1. Depois de cada tomada, o diretor corria em minha direção e me envolvia com seus braços por longos períodos, na frente de toda a equipe ou mesmo sozinho, e me acariciou algumas vezes conta a minha vontade.

2. Quando, após dois meses disso, eu disse que ele deveria parar de me tocar, ele explodiu e quebrou uma cadeira na frente de todos no set. Como se ele sempre tivesse tido a permissão de acariciar suas atrizes. Então todos nós fomos mandados para casa.

3. Durante todo o processo de filmagens, ouvi dele ofertas sexuais sussuradas constantes, assustadoras, paralisantes e não-solicitadas, com descrições gráficas, às vezes de como a mulher dele ficaria de pé ao nosso lado.

4. Enquanto filmávamos na Suécia, ele ameaçava subir da sacada de seu quarto para o meu no meio da noite, com uma clara intenção sexual, enquanto sua mulher estava no quarto ao lado. Eu escapei para o quarto de um amigo. Isso foi o que finalmente me despertou para a severidade da situação e me fez defender meu terrado.

5. Histórias fabricadas na imprensa pelo produtor dele, falando que eu era uma pessoa difícil. Isso combina lindamente os métodos e o bullying de (Harvey) Weinstein. Eu nunca comi uma camiseta. Nem sei se isso é possível.

6. Eu não concordei ou me conformei em ser assediada sexualmente. Isso foi retratado como se eu fosse difícil. Se ser difícil é se recusar a ser tratada dessa maneira, eu aceito (a alcunha)".

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