Narcos
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Chegou o dia! A terceira temporada de Narcos estreia nesta sexta-feira (01), na Netflix, com a participação de Damián Alcázar, que vive Gilberto Rodríguez Orejuela, um dos chefes do novo alvo dos oficiais da Agência Antidrogas Americana (DEA): o Cartel de Cali.
A produção tira agora o foco de um sanguinário Pablo Escobar (vivido por Wagner Moura) e o coloca sobre o pacífico e calculista Gilberto, que deseja não derramar uma gota de sangue sequer em sua busca de se tornar milionário com o narcotráfico. Essa, no entanto, não será uma tarefa fácil quando se tem a DEA no seu encalço.
Damián nega que seu personagem assuma o papel de liderança entre os criminosos. “O protagonista dessa temporada não é uma só pessoa, mas uma equipe completa que se chama Cartel de Cali. Eles são homens de negócios, mas veem surgir uma guerra clandestina”, afirma ele, que identifica diferenças fundamentais entre seu personagem e Escobar.
“Pablo é muito mau quando se vê encurralado como um animal que todos querem matar. Então é natural que ele reaja também como um animal. Os Rodríguez sabem que ir para a prisão é um risco e se preservam. Eles subornam, mas não sacam armas como Escobar. Essa é a diferença. Ao fim, não os vejo como nocivos para a sociedade”, diz Damián.
Para o ator, o tráfico nunca vai acabar e, por isso, sua operação deveria ser legalizada de vez. “Sempre vai haver mais drogas e novas drogas. Então para que brigar e derramar sangue, para que permitir que alguns enriqueçam quando tudo poderia ser como o álcool? O fato é que há muitos interesses econômicos envolvidos.”
Damián também não se importa que “Narcos” represente uma visão americana sobre uma realidade latina. “Eles são mais autocríticos que nós. Nós deveríamos ser assim e fazer nossa versão. ‘Narcos’ segue como uma série de ação, com uma trama policialesca muito forte”, conclui.
