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Superbactéria resistente à meticilina é mais comum do que se imagina

4 de Maio de 2017
 

Apesar do nome complicado, a Staphylococcus Aureus é uma bactéria presente no dia a dia de qualquer pessoa, podendo ser encontrada frequentemente na pele e nas fossas nasais de indivíduos saudáveis. Porém, o que vem chamando a atenção dos médicos é a sua resistência a antibióticos à base de meticilina – medicamento pertencente ao grupo das penicilinas.

Para o infectologista e chefe do serviço de controle de infecção do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Artur Timerman, o grande problema da também chamada superbactéria está relacionado ao uso indiscriminado de antibióticos. “Uma vez resistente, a bactéria se dissemina na comunidade”, reforça o especialista.

As infecções de pele são uma das principais portas de entrada da superbactéria, que pode ser transmitida através do contato com uma pessoa infectada ou por exposição a um objeto ou superfície que um paciente infectado encostou. Seu maior risco é quando penetra na corrente sanguínea e outros órgãos, pois tem capacidade de invadir o organismo e espalhar toxinas de forma mais eficaz que as demais.

Dentre os principais sintomas que a Staphylococcus Aureus causa estão vermelhidão na área machucada, inchaço e dor, semelhantes a uma picada de aranha, podendo haver pus amarelo ou branco. Além disso, ainda há casos em que a bactéria pode causar graves problemas como pneumonia, infecções no trato urinário, septicemia e infecções ósseas.

Apesar do alerta, Timerman afirma que a Staphylococcus Aureus resistente à meticilina é geralmente inofensiva. “O risco de doenças em pessoas saudáveis é baixo, mas não é nulo”. De acordo com o médico, a infecção depende de uma série de fatores, tanto das características da bactéria quanto do paciente e sua suscetibilidade imunológica.

Para o infectologista, ainda não há motivo para pânico, pois é possível prevenir a contaminação com cuidados básicos e simples de higiene, como lavar as mãos, alimentos e feridas. “Nosso organismo é um campo minado. Tomando os cuidados necessários, reduzimos muito as chances de qualquer doença”, salienta Timerman.

 
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