Colaboradores - Lica Gimenes

Fundação do Livro e Leitura desenvolve pesquisa sobre a prática do contar histórias

7 de Abril de 2017

O ato de contar histórias sempre foi repassado pelos avós, pais, durante uma roda de amigos e familiares. A prática, que estimula a leitura e o despertar do conhecimento, pode ser uma excelente ferramenta de ensino em sala de aula. Para verificar como os professores da rede municipal de ensino utilizam este recurso, a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e Secretaria Municipal de Educação se juntaram para executar a pesquisa “A prática do contar histórias e a formação do leitor em sala de aula”. O projeto começou em fevereiro e a primeira fase termina no próximo dia 10 de abril, das 19h30 às 21h30.

Míriam Fontana

Coordenada pela atriz e contadora de histórias, Míriam Fontana, a pesquisa está sendo aplicada a professores da rede municipal, com atuação no segundo ano do ensino fundamental. O projeto consiste em desenvolver no professor a habilidade da contação de histórias através de um curso experimental. A proposta é que o educador incremente o ensino em sala de aula com a prática da contação, visando despertar o interesse do aluno pela leitura.

A pesquisa vai delinear como os professores abordam a leitura em sala e ainda se a disponibilidade de livros e a contação de histórias motivam a leitura e a formação de novos leitores.  Com o término desta primeira etapa, os professores envolvidos irão colocar em prática os ensinamentos do curso, contando histórias uma vez por semana, através de livros fornecidos pela Fundação, de forma a promover aproximação entre alunos e os livros. Paralelamente, haverá também uma segunda turma de professores em formação, a partir de 8 de abril.

Míriam Fontana, pesquisadora da Fundação

Para a pesquisadora da Fundação, a contação de histórias é uma ferramenta de motivação para a criança, incentivando-a a manter contato com o livro. Míriam destaca ainda que para que os resultados sejam apoiados na observação, o trabalho parte para este contato junto aos professores. “Estamos levantando como esta motivação se efetiva? Qual o comportamento manifestado pela criança em relação ao livro da história que ouviu do professor? Se há um aumento de pedidos para que o professor conte mais histórias em sala de aula. São perguntas cujas respostas colhidas poderão embasar outras ações que proporcionem o encontro do leitor e do livro”, finaliza Míriam Fontana.

O estudo visa conscientizar os professores de que a literatura, seja qual for o gênero de preferência, apresenta aos leitores um mundo novo, onde é permitido viajar por entre as palavras e entrelinhas, desbravando a imensidão do conhecimento e argumentos, novas culturas, vocabulário pertinente, que de maneira lúdica é construído, ainda na infância, no ensino fundamental. 

Um dos dados que incentivou a Fundação do Livro e Leitura a desenvolver o estudo é que a leitura, estimulada em casa ou em sala de aula, contribui para maior absorção do aprendizado. A quarta edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro, entidade mantida pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), divulgada em maio de 2016, aponta que 18% dos leitores têm acesso a livros através da biblioteca da escola. Diz ainda que 33% dos leitores são influenciados pela mãe e 7% lêem motivados pelos professores. Os dados contribuem com reflexão dos educadores e pais na promoção à leitura, no estimulo das crianças a enveredar pelos caminhos da leitura.

 

Serviço
O que: Pesquisa “A prática do contar histórias e a formação do leitor na sala de aula”/ encerramento da primeira fase

Data: 10/04/2017
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto
Endereço: Rua Professor Mariano Siqueira, 81 - Jardim América

 

Sobre a Fundação

Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Trata-se de uma evolução da antiga Fundação Feira do Livro, criada em 2004, especialmente para realizar a Feira Nacional do Livro da cidade. Hoje, é considerada a segunda maior feira a céu aberto do país, realizada tradicionalmente no mês de junho. 

 Com uma trajetória sólida e projeção nacional e internacional, a entidade ganhou experiência e, atualmente, além da Feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura com calendário de atividade durante todo o ano. A Fundação se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do Proac.

 

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