Colunistas - Rodolfo Bonventti

ETERNA MEMÓRIA - PAULO VILLAÇA

31 de Março de 2017

(1933 – 24/01/1992)

O grande ator do cinema marginal paulista

O paulista Paulo Villaça nasceu no interior de São Paulo e, antes de se transformar em um dos maiores nomes do cinema brasileiro, foi professor de literatura e jornalista.

Foi na década de 60, já com 30 anos de idade, que ele começou a atuar como ator. Villaça estreou ao mesmo tempo no cinema e na TV.

No cinema a estréia foi em “O Matador”, enquanto na TV fez pequenos papéis na TV Excelsior em “O Morro dos Ventos Uivantes”  e em “O Jardineiro Espanhol”, esta uma novela na TV Tupi.

O sucesso no cinema chegou com a oportunidade que o diretor Rogério Sganzerla lhe deu de viver o personagem principal em “O Bandido da Luz Vermelha”, um grande sucesso de crítica e de público em 1968.

Na TV, a primeira boa oportunidade surgiu em 1969 na novela “Super Plá” de Bráulio Pedroso na TV Tupi, onde ele viveu Cícero. Em seguida participou de “O Bofe” na TV Globo em 1972.

Com uma carreira de sucesso no cinema paulista, onde era identificado como um dos musos do cinema marginal dos anos 60 e 70, Paulo Villaça fez, entre outros, os filmes “A Mulher de Todos”; “Jardim de Guerra”; “Beto Rockfeller”; “Copacabana, Mon Amour” e “Mangue Bangue”.

Villaça construiu também uma sólida carreira no teatro, onde participou do Teatro Oficina e estrelou espetáculos como “Navalha na Carne” e “Fala Baixo, Senão Eu Grito”.

Nos anos 70 e 80 foi um dos mais atuantes atores das nossas telas, marcando presença em sucessos como “Gente Fina é Outra Coisa”; “Paranóia”; “Nos Embalos de Ipanema”; “A Dama do Lotação”; “O Princípio do Prazer” e “A República dos Assassinos”.

Na televisão ainda participou das novelas “Os Adolescentes” na TV Bandeirantes; “Selva de Pedra”, “Vale Tudo” e “Barriga de Aluguel” na TV Globo e nas minisséries “Quem Ama Não Mata”, “A Máfia no Brasil”, “Tudo em Cima”; “Anos Dourados” e “Chapadão do Bugre”.

Foi no cinema que Paulo Villaça teve seu último desempenho na fita “Perfume de Gardênia”, em uma participação especial como um ladrão.

Ele morreu em janeiro de 1992 em decorrência da AIDS, no Rio de Janeiro, mas foi enterrado em São Paulo, onde viveu a maior parte da sua vida.

 

Foto 1 - O sucesso chegou com o papel central em O Bandido da Luz Vermelha

Foto 2 - Paulo Villaça em cena de O Bandido da Luz Vermelha de 1969

Foto 3 - Com Dilma Lóes em cena do filme Revólveres não Cospem Flores

Foto 4 - Ele atuou em 40 filmes. Aqui em Gente Fina é Outra Coisa

Foto 5 - Villaça e Sonia Braga no sucesso de A Dama do Lotação

Foto 6 - Outro sucesso do ator no cinema foi em Nos Embalos de Ipanema de 1978

Foto 7 -  O ator na minissérie Quem Ama Não Mata de 1982 na TV Globo

 

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