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HPV e o homem: como prevenir?

11 de Janeiro de 2017
 

O papiloma vírus humano (HPV) é um velho conhecido dos ginecologistas e também dos urologistas. Qualquer homem com vida sexual ativa pode albergar essas partículas virais em seu organismo. Um risco para a saúde masculina, de acordo com urologista e especialista em saúde masculina e fertilidade, Guilherme Leme, já que em casos avançados e dependendo do tipo do vírus, evoluem para câncer na região genital ou ânus.

“Evitar a presença do HPV no homem é uma ferramenta de proteção à saúde de sua parceira. Dessa forma, é obrigatório incluir na rotina de investigação clínica de todos os homens o exame físico detalhado que busca sinais desse problema”, alerta Leme.

O contágio se dá basicamente pelo contato cutâneo com uma pessoa portadora do vírus. Na grande maioria das vezes, esse contato ocorre durante o ato sexual. No entanto, diferentemente de muitas outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), não é necessário penetração ou contato de secreções corporais (como sêmen ou secreção vaginal) com mucosas.

Pessoas portadoras de verrugas genitais têm muito mais chance de serem contaminantes. O contato com verrugas visíveis leva a contágio do parceiro em até 65% das ocasiões. Ou seja, o contato com as verrugas deve ser fortemente evitado.

“Como a contaminação é extremamente fácil, é perfeitamente possível a transmissão sem que necessariamente tenha havido contato sexual. Ter isso em mente é muito importante, uma vez que, em até 5% das ocorrências, a contaminação se dá pelo simples contato com toalhas, roupas ou em banheiros e vestiários”, alerta.

O diagnóstico preciso do HPV envolve identificação de fragmentos do vírus a partir de técnicas moleculares, como, por exemplo, a Captura Híbrida. Esse exame é simples e indolor e deverá ser realizado nas situações em que haja lesões suspeitas como as verrugas, ou lesões subclínicas, que são identificadas durante o exame físico combinado com a peniscopia. Biópsias das lesões, também, podem concluir o diagnóstico com precisão. Porém são ferramentas um pouco mais invasivas e demandam uso de anestesia local e uso subsequente de curativos.

A inclusão da vacina nos meninos na adolescência é mais uma aliada para o controle do vírus, defende o urologista.

“É muito importante que ambas as doses sejam utilizadas, para se atingir a eficácia protetora completa. Dessa forma, os jovens estarão protegidos dos tipos mais perigosos de HPV, além de se reduzir o potencial de circulação do vírus”.

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