Cultura - Teatro

Anti-Comics, Paródia dos Super-heróis

9 de Janeiro de 2017

O grupo Commune, de São Paulo, apresentará a comédia "Anti-Comics - Desconstruindo os Super-Heróis", no dia 11 de janeiro (quarta-feira) às 21 horas no Teatro Castro Mendes, em Campinas, na 32º Campanha de popularização do Teatro, à preços populares (R$ 15,00), com o patrocínio do Edital do Proac de Circulação Teatral 2016.

Crédito: Dani Coen

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O espetáculo nasceu de uma coprodução internacional entre a Teatro COMMUNE de São Paulo e Centro Cultural Maria Castaña, de Córdoba, Argentina, com recursos do Instituto Iberescena (Espanha).

O espetáculo é uma divertida paródia dos super-heróis (Superman, Batman, Mulher Maravilha) que questiona seus superpoderes em situações de vulnerabilidade, com os quadros O Evangelho segundo o Super-homem", "A Vida Sexual dos Morcegos" e "A Festa do Pijama", da premiada escritora de Córdoba, Argentina, Sonia Daniel.

Em A vida sexual dos morcegos" vemos Batman e Robin envelhecidos fogem de Gotham City e se reencontram na periferia de uma grande cidade tentando entender o que foi para eles a experiência como super-heróis. Esse encontro é pautado pela mítica atração sexual entre os dois, mas uma reviravolta os separa novamente.

Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já em Festa do Pijama, a Princesa Diana, alterego da Mulher Maravilha, revela, após ser presa por prostituição, sua origem de deusa mítica, mas confessa sua total decepção por Steve Trevor e pela sua condição símbolo sexual que resultou em um verdadeiro fracasso em sua experiência de vida.

O terceiro quadro, O Evangelho Segundo o Super Homem  nasce de uma teoria circulante de que o Super Homem seria um personagem messiânico que tem muitos pontos em comum com Jesus Cristo. No começo o Super Homem não se reconhece como tal, mas ao tomar consciência de sua condição como Messias, vive um Apocalipse pessoal que gera uma mudança na história de toda a humanidade. A peça faz referência ao fato de que o Super Homem foi criado por dois judeus ortodoxos (Jerry Sieguel e Joe Shuster) em 1928, que revolucionaram o conceito dos super-heróis (que antes eram pessoas comuns), mas nunca foram reconhecidos, nem receberam um centavo em vida pela sua criação.

            A autora Sonia Daniel criou uma paródia dos super-heróis norte-americanos, baseada-nos das HQs dos anos 20 a 40 e nas séries de televisão dos anos 60 a 70, para pôr xeque mitos que integram nosso imaginário (reproduzidos nos anos 60/70 pela Tevê) e refletir sobre o papel do desses heróis na América do Sul.

A peça traduz uma visão latino-americana (e talvez por isso paródica) desses deuses ou super-heróis americanos, que representam e simbolizam o establishment, o modo de vida (way of life) e todo o poder emanado pelos EUA, em especial nos últimos 40 anos (durante a guerra fria).

"A experiência de trabalhar com personagens icônicos com humor irônico, com cores hilariantes coloca em consideração as construções que o imaginário coletivo tem desses personagens. A possibilidade desses textos de pôr em xeque seus superpoderes e colocá-los em situações de vulnerabilidade nos leva a pensar sobre teorias filosóficas relacionadas com "O mito do super-herói'", define Augusto Marin.

O desenho de luz fica a cargo de Andre Lemes, os vídeos por Jamil Kubruk e a sonoplastia e efeitos musicais por Sérvulo Augusto

Proposta de Encenação

A encenação do espetáculo cria uma linguagem visual que mistura imagens dos super-heróis de quadrinhos e dos anos 60/70, projetadas num telão (4 x 5 metros) situado no fundo do palco com a interpretação dos atores, como se o espectador estivesse em um cinema dentro de um teatro (já que a tela exibe imagens de cinema).

O espetáculo começa com a apresentação dos atores como se fosse um filme, mostrando qual intérprete faz qual super-heróis, criando- se  uma relação meta teatral e de ficção com o espectador. Ao final, os atores executam uma canção que trata do tema da peça e a imagem no telão mostram os atores que fazem os heróis saindo do teatro.

 

UMA COPRODUÇÃO INTERNACIONAL BRASIL-ARGENTINA

            Os diretores artísticos do projeto "Anti-Comics - Desconstruindo os Super-Heróis" é uma coprodução internacional com recursos do IBSERSCENA, coordenada por: Augusto Marin, do Teatro Commune, e Sérgio Osses, professor do Centro Maria Castaña, como codiretor. Os dois grupos se dedicam à pedagogia teatral e à formação de jovens atores.

            Em Campinas, Augusto Marin fará o papel de Batman e de um dos pais judeus  Super-homem; Henrique Taubaté, um grande comediante brasileiro, fará Robin e o outro pai do Super-homem, Michelle Gabriel faz a Mulher-Maravilha com crise existencial e o super-homem em crise será Cesar Serrano.  

O espetáculo será apresentada também nas cidades de Santos, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Poá, São José dos Campos, Salto e Indaiatuba em teatros municipais e teatros de sedes de grupos teatrais.

 

SERVIÇO:

Local:  Teatro Castro Mendes. Rua Conselheiro Gomide, 62, Vila Industrial – Campinas. Fone: (19) 3272-9359

Quando: Dia: 11 de janeiro (quarta-feira)

Horário: 21 horas

Ingresso: R$ 15 (preço único)

Vendas de ingressos antecipados apenas para as peças adultas, na bilheteria do teatro, de terça a domingo, das 16h às 21h.

Duração: 75 minutos

Gênero: Comédia

Duração: 60 minutos

Classificação: livre

 

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