Viver - Saúde

Tristeza x Depressão - Por Priscilla Marçola

6 de Janeiro de 2017

Todos já ouviram dizer que depressão é a doença do século, mas será que você realmente

sabe o que é depressão?

Há uma linha muito tênue entre depressão e tristeza, e saber identificar em qual estado emocional você se encaixa é de suma importância para um tratamento mais eficaz.
Quando falamos em depressão devemos saber primeiramente que se trata de um fenômeno interno, ou seja, não precisa de um acontecimento para acionar este sintoma. A pessoa fica sem vontade alguma de fazer qualquer atividade, mesmo que sejam obrigações diárias e inadiáveis, fica apática, não consegue se concentrar, sente muito cansaço, alteração de sono e apetite.

Quando alguém é muito irritado, com mau humor constante têm grandes chances de ser depressão e não saber. Esses sentimentos e emoçoes tão afloradas são justamente sintômas e com isso se afasta de amigos e familiares, mudando seus hábitos sociais.

Já a tristeza é um fenômeno de causas externas, ou seja, existe um motivo para acionar este sintoma. Pode ser a morte de uma pessoa querida, o término de um relacionamento, uma demissão, etc. Geralmente, quando passamos por um acontecimento ruim, tentamos entender e dar um sentido aquela situação e isso pode gerar uma angustia que irá intensificar ainda mais a tristeza.

O tempo que a tristeza dura pode ser o mesmo tempo que dura uma depressão, porém a pessoa tem mais proatividade em buscar ajuda e tentar superar este momento.

Os sintomas mais frequentes da depressão são:
?    Humor depressivo permanente
?    Diminuição de interesse ou prazer nas atividades cotidianas
?    Perda ou ganho de peso significativo
?    Insônia ou hipersonia (necessidade de dormir muito) 
?    Náuseas, alterações gastro-intestinais
?    Fadiga ou perda de energia 
?    Sentimentos de desvalorização ou culpa excessiva 
?    Pensamentos recorrentes acerca da morte, ideias de suicídio ou tentativas de suicídio

O tratamento basicamente consiste em acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

O médico intervém a nível bioquímico com medicamentação e o psicólogo intervém a nível comportamental.

O tratamento com terapia cognitivo comportamental é muito eficaz, pois o psicólogo irá escutar sem pressionar ou julgar o paciente, ajudando-o a trabalhar e resignificar sentimentos e ideias perturbadoras que causam o sofrimento.

Muitas vezes, o fato de poder falar com alguém de confiança e preparado para lidar com estas questões, já causa um alívio imediato ao paciente. 

Estudos apontam que as pessoas que tratam a depressão com acompanhamento psicológico, têm melhores resultados e menores chances de recaídas em comparação a aquelas que são tratadas apenas com antidepressivos.

Vale lembrar que a psicoterapia nada mais é do que a aplicação de uma ciência, a psicologia.

Sendo assim, sua prática é sólida e sustentável.

Então, se você se encontra em um momento de conflito que está causando grande sofrimento, procure um psicólogo. Ele irá te ajudar na busca de novos caminhos para viver de forma mais feliz, mais saudável e produtiva.

Por Priscilla Marçola, psicóloga clínica    
especializada em terapia cognitivo comportamental

 

 

 

Contato:

Instagram: @psicoprimarcola
e-mail: priscillamarcola@hotmail.com

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