Colunistas - Rodolfo Bonventti

O drama de dona Lola e seus filhos levanta a audiência das novelas da Tupi

22 de Dezembro de 2016

A adaptação do romance de Maria José Dupré, “Éramos Seis”, para a TV Tupi em 1977, foi um dos grandes trunfos da teledramaturgia da emissora paulista na década de 70 e se transformou em uma das novelas de maior audiência da emissora.

Escrita por Silvio de Abreu e por Rubens Ewald Filho, “Éramos Seis” estreou em junho de 1977 no horário das 19 horas e trazia a dramática história de Dona Lola e seu marido Júlio Diniz, gente simples e batalhadora, que ao lado de quatro filhos: Carlos, Alfredo, Maria Isabel e Julinho, enfrentava um dia a dia de muitas dificuldades.

A história começava na década de 20 e se estendia até a velhice de dona Lola, uma mulher bondosa e honesta que sofria com a morte precoce do marido e depois do filho mais velho, bem como com a indiferença dos outros filhos na sua velhice.

Um investimento alto da TV Tupi, que tinha um texto primoroso, uma direção muito segura de Atílio Riccó, um elenco de primeira com grandes interpretações, uma excelente cenografia e que resultou em uma das melhores produções da emissora. E o público comprou a história de Dona Lola desde o início, garantindo ótimos índices de audiência para a TV Tupi desde os primeiros capítulos.

Éramos Seis” já havia sido adaptada para a televisão duas vezes antes, nas décadas de 50 e 60, mas como novela de curta duração, com no máximo 20 capítulos, mas nessa versão ganhava fôlego com 160 capítulos que ficaram no ar por seis meses, e agora com uma alta produção.

A novela consagrou a atriz Nicette Bruno, que ganhou todos os prêmios do ano como melhor atriz pela sua criação de Dona Lola, e também Gianfrancesco Guarnieri, que viveu seu marido, o Seu Julio, e que teve também uma atuação marcante nos poucos mais de 30 capítulos em que participou.

Para viver os quatro filhos de Dona Lola e seu Julio foram escolhidos na primeira fase as crianças Paulo César de Martino, Douglas Mazzola, Ivana Bonifácio e Marcelo Pinsdorf, substituídos alguns capítulos depois, respectivamente por Carlos Augusto Strazzer como Carlos; Carlos Alberto Riccelli como Alfredo; Maria Isabel de Lizandra vivendo Maria Isabel e Ewerton de Castro como Julinho.

Um dos grandes momentos da novela é a morte do filho mais velho de Dona Lola, Carlos, ferido em um conflito de rua durante a Revolução Constitucionalista de 1932, no centro da cidade de São Paulo, que vai provocar um duro baque na família de dona Lola.

O grande elenco trazia ainda um trabalho primoroso da atriz Geórgia Gomide como a irmã solteirona de dona Lola, a Clotilde; além de outros trabalhos marcantes de Edgard Franco, Jussara Freire, Paulo Figueiredo, João José Pompeo, Maria Célia Camargo, Adriano Reys, Silvio Rocha, Lucy Meirelles, Nydia Lícia, Carmem Monegal, Rogério Márcico, Maria Luiza Castelli, Flávio Galvão, Beth Goulart, Reny de Oliveira, Amilton Monteiro, Gésio Amadeu, Leonor Lambertini, Indianara Gomes, Roberto Maya, Geny Prado, Lourdes Moraes, Francisca Lopes, Luiz Carlos Braga e Ruthinéia de Moraes.

Foto 1 - A abertura da novela que foi um grande sucesso de audiência da TV Tupi

Foto 2 -  A novela foi um grande momento de Gianfrancesco Guarnieri e de Nicette Bruno

Foto 3 -  Dona Lola, Seu Julio e os quatro filhos. A história girava em torno deles

Foto 4 - Todo o grande e competente elenco de "Éramos Seis", a novela da Tupi

Foto 5 - Carlos Alberto Riccelli, Carlos Augusto Strazzer, Maria Isabel de Lizandra e Ewerton de Castro

Foto 6 - Carlos Augusto Strazzer vivia Carlos, o filho mais velho de dona Lola

Foto 7 - Geórgia Gomide e Nicette Bruno deram um show de interpretação

Foto 8 - Carlos Alberto Riccelli, Nydia Licia e Carmen Monegal em cena da premiada novela

 

 

 

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