Colunistas - Bem Estar e Saúde

Preservação da fertilidade para pacientes com câncer

26 de Novembro de 2016
 

Congelamento de óvulos e criopreservação de tecido ovariano estão na programação do evento

No dia 19 de novembro, acontece no Rio de Janeiro o “VII Simpósio Oncofertilidade - Preservação da fertilidade para pacientes oncológicos”, um importante evento da área de reprodução humana assistida em que os especialistas vão discutir as técnicas mais recentes para garantir uma futura gestação para mulheres diagnosticadas com câncer.

A boa notícia é que o desenvolvimento das tecnologias no diagnóstico e tratamento da doença vem permitindo que um grande número de mulheres alcance a cura e retome suas atividades normalmente. Entretanto, o tratamento do câncer pode ser agressivo. Radioterapia, quimioterapia e algumas cirurgias mais invasivas podem destruir o potencial reprodutivo das pacientes. Neste caso, o congelamento de óvulos é indicado para as mulheres diagnosticadas com a doença e que desejam preservar a fertilidade. O procedimento já é bastante difundido, com ótimos resultados, e deve ser realizado antes do início da quimioterapia e/ou radioterapia.

 “Os óvulos retirados da mulher ficam armazenados para que ela possa se submeter a fertilização in vitro e realizar o sonho da gravidez, dando continuidade às suas famílias e às suas vidas”, afirma a ginecologista e obstetra Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em Reprodução Humana Assistida.

 Para garantir uma futura gestação é necessário o uso de medicamentos para estimular a ovulação, processo que dura aproximadamente de 10 a 15 dias, tempo mais que suficiente, uma vez que a quimioterapia é iniciada geralmente de 45 a 60 dias após a confirmação cirúrgica do câncer.

 “Diferentemente do homem, a mulher não tem formação de novos gametas (óvulos). Ela já nasce com seu estoque, que vai sendo consumido ao longo da vida. Além disso, o envelhecimento diminui a quantidade de óvulos geneticamente normais, sobrando para o fim da vida reprodutiva óvulos de má qualidade genética. Por esses motivos, o ideal é que a preservação se faça até os 35 anos”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Paulo Gallo, especialista em Reprodução Humana Assistida.

 Preservar a fertilidade de pacientes com câncer é fundamental para melhorar a qualidade de vida após o tratamento. O Simpósio é uma iniciativa da clínica Vida - Centro de Fertilidade, um dos mais modernos serviços de Reprodução Assistida do Rio de Janeiro. O evento voltado para o público médico é gratuito.

Comentários
Assista ao vídeo