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Conheça mais sobre a Radiocirurgia Estereotáctica

20 de Outubro de 2016
 

PROCEDIMENTO NÃO INVASIVO PARA TRATAMENTO DE TUMORES ENCEFÁLICOS E MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS

Doenças como um Tumor Cerebral ou uma Malformação Arteriovenosa, exigem muita atenção na hora de decidir a forma de tratamento. Em muitas situações o tratamento neurocirúrgico é resolutivo, mas muitas vezes permanecem resíduos do Tumor, então, indica-se tratamento adjuvante, à Radiocirurgia, visando o controle evolutivo da lesão. Em outras situações, como localização da lesão, idade avançada, presença de outras doenças clínicas associadas, onde contra indica-se o tratamento Neurocirúrgico convencional, nestes casos a Radiocirurgia Estereotáctica, pode ser prescrita por ser um procedimento não invasivo e que é capaz de depositar uma alta dose de radiação ionizante, em uma ou cinco frações, de forma precisa no alvo em questão, evitando a lesão de estruturas normais na proximidade do alvo a ser tratado.

“Juntamente com uma equipe multidisciplinar (Neurocirurgião, Radioterapeuta, Físico-Médico), realizamos uma ressonância nuclear magnética, tomografia de crânio e, quando necessário, angiografia pan-encefálica, para determinar com precisão o alvo a ser tratado”, afirma Dra. Susana Dias Mario, neurocirurgiã especialista em Radiocirurgia Estereotáctica. 

O procedimento é indicado para às seguintes lesões:

- Meningeomas;

- Tumores Hipofisarios;

- Craniofaringeomas;

- Schwannomas / Neurinomas do nervo Acústico;

- Metástases Encefálicas;

- Malformações Arteriovenosas Encefálicas;

- Tumores da Pineal

- Glioblastoma Multiforme, entre outros.

“É importante ressaltar que a radiocirurgia não compete com a cirurgia convencional e sim a complementa, sendo que algumas vezes pode ser feita como tratamento único, dependendo do volume, localização e tipo histológico”, explica a especialista. Nos casos em que o volume/localização da lesão tecnicamente impede que se realize dose única, é preferível fazer a radioterapia estereotáctica, que consiste nos mesmos princípios da radiocirurgia, porém realizada em diversas frações diárias, seguindo a padronização internacional de 5 dias consecutivos e pausa de 48 horas ao longo de algumas semanas.

Os efeitos colaterais da radiocirurgia podem ocorrer uma semana após o tratamento, de uma semana a seis meses ou após seis meses, que, pela ordem, são chamadas de agudas, sub-agudas e crônicas. Veja no quadro as complicações de cada caso:

Agudas

Sub-agudas

Crônicas

- Náuseas e vômitos;

- Fraqueza;

- Crises Epilépticas.

- Queda de cabelos bem delimitada;

- Lesão cutânea;

- Alterações radiológicas causadas pela permeabilidade vascular.

Decorrente da necrose pela radiação, pode ocorrer:

- Alterações motoras / sensitivas;

- Disfunção de nervos cranianos.

 

 

No caso de complicações Agudas e sub-agudas o tratamento é sintomático. Já nas complicações crônicas, muitas vezes é necessário o emprego de costicosteroides por via oral ou endovenosa.

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