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Câncer de mama: o que cada mulher deve fazer

19 de Outubro de 2016
 

Campanha Outubro Rosa busca informar a população, mas é preciso mais; dados da doença continuam alarmantes

Durante todo o mês de outubro governos, empresas e terceiro setor fazem campanhas alertando para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Apesar de o Outubro Rosa unir tantos esforços, a doença ainda é a que mais mata mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para o ano de 2016 é de quase 58 mil novos casos de câncer de mama no país.

De acordo com o mastologista Leônidas Noronha Silva, a grande quantidade de novos casos, se dá por dois grandes motivos: a população continuar crescendo e as mulheres ainda não cuidam da sua saúde como deveriam. “É claro que, quando se fala em câncer, existe um importante fator genético envolvido. Porém, ainda não se faz o básico que é essencial: cuidar da alimentação e fazer exercícios físicos”, afirma.

Essa é a chamada prevenção primária, que engloba os cuidados com hábitos de vida das pessoas. Segundo o médico, as mulheres já estão na frente dos homens quando o assunto o é cuidado da saúde, mas ele ainda é insuficiente. Silva destaca ainda que a dificuldade é colocar em prática, pois a informação existe e está acessível. “A maioria das pessoas sabe a importância de cuidar do que se ingere, sabe que é preciso exercitar-se, conhece os malefícios do cigarro e da bebida alcoólica. Apesar disso, não fazem o esforço para melhorar esses hábitos e o resultado percebe-se na quantidade de novos casos da doença”, ressalta.

Autoexame funciona?

Para o mastologista, o autoexame das mamas isoladamente não diminui a taxa de mortalidade do câncer. “Ele deve fazer parte de uma rotina de cuidado com o corpo, de atenção ao organismo, mas como as pessoas comuns têm dificuldade de identificar essas mudanças, o ideal é fazer sempre o acompanhamento ginecológico periódico e, após os 40 anos, realizar uma vez ao ano a mamografia”, destaca Leônidas.

Em grupos de risco que possuem histórico familiar próximo, em primeiro grau, pode-se iniciar a mamografia antes dessa idade. “O que cada mulher pode fazer em benefício próprio é cuidar do que está ingerindo e exercitar-se regularmente. Essa rotina aliada ao acompanhamento médico é a receita de sucesso para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama”, conclui.

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