Cultura - Teatro

ESPETÁCULO INÉDITO DE SAM SHEPARD, CRIANÇA ENTERRADA, ESTREIA NO TEATRO & BAR CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEI

18 de Outubro de 2016

 

Texto inédito do dramaturgo americano, representa de forma macabra uma família típica do Midwest americano que possui um segredo obscuro. Montagem da Cia Cemitério de Automóveis, tem direção de Mário Bortolotto e tradução de Reinaldo Moraes

 

Ganhadora do Prêmio Pulitzer de drama em 1979, a peça CRIANÇA ENTERRADA estreia dia 21 de outubro, sexta-feira, às 21h, no TEATRO & BAR CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS. Texto inédito do dramaturgo americano Sam Shepard, espetáculo representa de forma macabra uma família típica do Midwest americano que possui um segredo obscuro. Com direção de Mário Bortolotto, montagem da Cia Cemitério de Automóveis, tem tradução de Reinaldo Moraes.

 

Em CRIANÇA ENTERRADA, Dodge e Halie tentam administrar as suas terras e sua sanidade enquanto cuidam de seus dois filhos adultos e tresloucados. Quando seu neto pródigo, Vince, chega com sua namorada para uma visita, ninguém parece reconhecê-lo e a confusão abunda. Um drama de família, uma estranha paródia das idílicas famílias de diversas peças americanas de outrora, a peça de três atos é, talvez, a obra mais conhecida de Sam Shepard.

 

“Sempre gostei de Sam Shepard e sempre quis dirigir suas peças. Li todos os textos dele traduzidos no Brasil e também todos os livros de crônicas que saíram, escritos vários, poemas, pensamentos, contos. Ele é próximo da minha dramaturgia, mas não creio que esse tenha sido o motivo para querer dirigir. É que é Sam Shepard e me interessa o que ele diz, até mais do que como ele diz”, afirma o diretor Mário Bortolotto. 

 

     “É uma peça sobre segredos de família. Pessoas que guardam segredos muito tempo e aquilo vai criando raízes dentro de suas vidas. E essas raízes tem que ser arrancadas para que os outros sobrevivam. A encenação é realista, como eu gosto de fazer. Há outras peças do Shepard que trafegam numa zona mais onírica, mas não é o caso dessa, que pede uma interpretação realista e é o que eu tentei fazer”, finaliza o diretor. 

 

Montagem tem trilha sonora de Mário Bortolotto, iluminação de Marcos Loureiro, cenografia de Mariko e Seiji Ogawa, figurinos de Letícia Madeira e programação visual e ilustrações de André Kitagawa. Elenco reúne os atores: Ana Hartmann, Carcarah, Dida Camero, Nelson Peres, Paulo Cesar Peréio, Thiago Pinheiro e Walter Figueiredo. Espetáculo foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2015.

 

Sam Shepard: É um dos mais celebrados dramaturgos americanos. Escreveu mais de 50 peças que foram produzidas em todos os cenários teatrais: do underground ao comercial, sendo estudado pelos acadêmicos como um autor canônico. Com uma carreira de 40 anos, Sam Shepard é aclamado pela crítica, possuindo um status icônico que raros autores americanos possuem. Acumulou prêmios inúmeros, incluindo o Palme d'Or de Cannes e o prêmio Pulitzer de 1979. Escreveu, entre outras peças: La Turista (1967), Angel City (1976), Oeste verdadeiro (1980) e Mente mentira (1985).

 

Mário Bortolotto: Ator, diretor, autor, sonoplasta, iluminador, vocalista e compositor de rock, escreve para teatro desde 1981. Nascido em Londrina (PR), tem doze livros publicados: Bagana na chuva (romance), Mamãe não voltou do Supermercado (romance), Para os Inocentes que ficaram em casa (poesia), Um bom lugar pra morrer(poesia), Gutemberg Blues (compilação de matérias escritas para os Jornais), Atire no Dramaturgo (textos de seu blog), DJ – Canções pra tocar no inferno (contos) e quatro volumes com seus textos de teatro. Ganhou o Prêmio Shell de teatro de Melhor Autor de 2000 pelo texto Nossa Vida não vale um Chevrolet, e Prêmio APCA de 2000 pelo Conjunto da Obra. É diretor do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis e vocalista das bandas de rock e blues Saco de Ratos e Tempo Instável. Escreveu, entre outras peças: Música para ninar dinossauros, À Meia-Noite um solo de sax na minha cabeça, Nossa Vida não vale um Chevrolet, Hotel Lancaster, BrutalHomens, Santos e Desertores e Leila Baby.

 

Cemitério de Automóveis: Fundado em 1982, por Mário Bortolotto e Lázaro Câmara na cidade de Londrina (PR), com o nome de Grupo de Teatro Chiclete com Banana, passou a se chamar Cemitério de Automóveis a partir de 1987.  O Grupo já montou mais de quarenta espetáculos cumprindo várias temporadas em Londrina, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, onde está trabalhando desde 1996. Participou dos mais importantes festivais de teatro do país, colecionando uma galeria respeitável de prêmios. Com o espetáculo Medusa de Rayban, o grupo ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Ator Coadjuvante de 1997 (Everton Bortotti) e foi indicado para o Prêmio Shell de Melhor Autor de 1997 (Mário Bortolotto). Por Diário das Crianças do Velho Quarteirão, Mário Bortolotto recebeu a indicação para o Prêmio Shell de Melhor Autor de 1998. Em 2000, realiza a 1.ª Mostra de Teatro Cemitério de Automóveis, com 14 produções no Centro Cultural São Paulo. A mostra rende a Mário Bortolotto o Prêmio APCA Pelo Conjunto da Obra e o Prêmio Shell de Melhor Autor por Nossa Vida não Vale um Chevrolet.

 

Para roteiro 

CRIANÇA ENTERRADA – Estreia dia 21 de outubro de 2016, sexta-feira, às 21h. Texto: Sam Shepard.Tradução: Reinaldo Moraes. Direção: Mário Bortolotto. Com a Cia Cemitério de Automóveis. Elenco: Ana Hartmann, Carcarah, Dida Camero, Nelson Peres, Paulo Cesar Peréio, Thiago Pinheiro e Walter Figueiredo. Duração: 90 minutos. Classificação: 14 anos. Ingressos: Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 20h. Até 11 de dezembro.

 

TEATRO & BAR CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS – Rua Frei Caneca, 384 – Consolação. Telefone: 2371-5743.Capacidade 35 lugares. Bilheteria funciona de sexta a domingo, uma hora antes do início do espetáculo. Acesso para deficientes. Ar condicionado. BAR. Aceita cartão. Informações sobre o espaço e atividades: site www.cemiteriodeautomoveis.com.br

 

Comentários
Assista ao vídeo