Colunistas - Bem Estar e Saúde

Alimentação na infância

12 de Outubro de 2016
 

Nutricionista responde a dez dúvidas sobre a alimentação infantil.

Dia 12 é comemorado o Dia das Crianças e dentro dos temas importantes para uma infância saudável está a alimentação. Nessa fase ela é essencial para o desenvolvimento, pois começa a partir da?amamentação do recém-nascido?(que dura em média até os 2 anos ou mais) e continua na introdução de novos alimentos em sua nutrição, a partir dos 6 meses.  

Neste período, as dúvidas surgem, principalmente, quando se trata de pais e mães de primeira viagem. Para tirar as preocupações inerentes a este assunto e desmistificar algumas histórias, a nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, especialista em obesidade infantil e adulta, respondeu as principais questões do tema. Confira:  

Hora da refeição  

Comer muito tarde não atrapalha o sono da criança. No entanto, a especialista alerta para a importância de ter horários bem definidos. “É essencial para a criança ter uma rotina saudável de sono. Portanto, dormir cedo e ter horários bem definidos de refeição.” - afirma Patrícia Cruz. 

Frutas com casca ou sem casca? 

As frutas com cascas aumentam a concentração de fibras, elas desempenham um papel muito importante para o bom funcionamento do organismo e, consequentemente, para a saúde. Por isso, a nutricionista recomenda optar pelas frutas com cascas.? 

Doces e refrigerantes  

Para Patrícia o consumo de refrigerante não deve ser estimulado nunca. Já em relação aos doces, a nutricionista afirma que eles fazem parte de um hábito alimentar saudável. “Os doces podem ser consumidos quando as crianças começam a fase escolar.” – comenta. 

Leite de soja x Leite de vaca 

O leite de soja é indicado somente para crianças com alergia ao leite de vaca, pois ele é isento de cálcio.?Este é o principal mineral que compõe a estrutura óssea e dentes em nosso organismo. Ele é responsável por processos como: contra muscular, coagulação do sangue e transmissão de impulsos nervosos. Portanto, a especialista reforça que o leite de vaca é o mais indicado.? 

Frutos do mar 

Como esses alimentos têm elevado potencial alergênico, eles só podem ser introduzidos na alimentação infantil a partir dos 2 anos de idade. 

Sem carne vermelha, pode?? 

A especialista reforça que não se deve tirar nenhum alimento da dieta. O certo é que isso seja feito somente diante de um quadro de alergia alimentar. A carne vermelha é a principal fonte de proteínas, zinco, gorduras e ferro para o organismo da criança. Os outros tipos de carnes não possuem a mesma concentração dos nutrientes.  

Dieta vegetariana  

Segundo Patrícia, se a dieta vegetariana for bem balanceada, com trocas saudáveis para evitar deficiências nutricionais como ferro, cálcio, vitamina B12 ela pode ser feita por crianças também.? 

Alimentação no período escolar 

Segundo a nutricionista, a melhor forma de conciliar a alimentação com o período escolar é mantendo a famosa lancheira. Assim, os pais diminuem o consumo de compras na cantina da escola. Outra dica importante na hora de procurar escolas para os filhos é conhecer a proposta da cantina. 

Perda do hábito saudável  

É muito comum que as crianças percam o hábito de uma alimentação saudável depois de um tempo e não necessariamente depois de muito tempo. Às vezes gostam de determinados alimentos na fase pré-escolar e após chegarem à adolescência não gostam mais ou não possuem o hábito de consumir o alimento. Para a nutricionista, isso ocorre devido às mudanças hormonais, forma de preparo e o novo estilo de vida.  

Negociações com a criança para comer, funciona?  

Não se deve negociar alimentos, isso é errado. “Criança tem a percepção de forma e saciedade bem claras. Trocar verdura, legumes ou fazer com que aquela termine o que está no prato por brinquedos ou mais tempo de TV não é certo. Se não comeu tudo no prato, geralmente é porque já está saciada. Forçá-la só vai fazer a criança associar o ato de comer com uma imensa sensação de desconforto.” – explica a especialista.  

Para ensinar uma criança a comer algo que ela diz não gostar é preciso ter paciência, ir oferecendo sempre, mudar a forma de preparo, cortes e combinações. Deixá-la comer por conta ou colocar  a comida no prato são outras ações, bem como explicar o motivo do porquê é importante comer aquilo. Levá-la para cozinha para fazer preparações rápidas e fáceis e mostrar o prazer da refeição é fazer com que a criança entenda como a comida é gostosa e faz bem a saúde e não é uma obrigação. 

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