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Perigos escondidos no uso indiscriminado de descongestionante nasal

6 de Outubro de 2016
 

Quem nunca fez uso de um descongestionante nasal para aliviar o sintoma de nariz entupido, seja por conta da poluição, ar seco, rinite, sinusite ou outras dificuldades respiratórias? A questão a ser observada, é que esse medicamento traz apenas um alívio imediato e mascara a causa do problema que precisa ser identificada e tratada.

Segundo o dr. Arnaldo Guilherme Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o descongestionante nasal tem uma venda muito grande, está entre as cinco medicações mais usadas sem receituário, o que é algo preocupante. “Outro fator importante a se destacar é que o seu uso indiscriminado pode levar ao vício e questões mais graves de saúde”, comenta.

O nariz é um local muito vascularizado, quando entope, há a dilatação das veias, dificultando a respiração. O descongestionante nasal atua como vasoconstritor e faz com que os vasos sanguíneos nas membranas mucosas desinchem e a pessoa consegue respirar normalmente.

Se o uso não for prolongado, até cinco dias, pode ajudar a trazer o alívio nos períodos de gripes e resfriados, mas se aplicar o descongestionante nasal continuamente, acima de 10 dias, pode acarretar problemas cardíacos, risco de trombose, arritmia cardíaca e até infarto do miocárdio. É uma medicação que deve ser indicada por um médico. O dr. Arnaldo ainda ressalta que há um risco do “efeito rebote”, ou seja, o organismo vai precisar cada vez uma dose maior em menor tempo para conseguir o mesmo resultado.

“Procure sempre ajuda de um especialista antes de se automedicar para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras”, explica dr. Arnaldo.

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