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Conhece a planilha de emagrecimento?

3 de Outubro de 2016

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Em qual momento da história da evolução da humanidade o homem começou a correr? Provavelmente o estímulo estava ligado à preservação da própria vida — e nada melhor do que um animal selvagem para transformar qualquer homo sapiens em velocista. Curiosamente, pessoas com sobrepeso, estressadas e sedentárias relutam em tomar a atitude de deixar o sofá e construir um projeto de melhora da autoestima e dos resultados de exames de triglicérides.

Muitos daqueles que habitam o sofá podem não acreditar, mas a transição da caminhada para a corrida pode ser um momento prazeroso e natural. O fundamental, segundo o professor de educação física Rodrigo Contó Ferreira, responsável técnico pela assessoria esportiva Good Running, de São Paulo, é sair da inércia. “Comece com 20 a 30 minutos por dia em uma caminhada confortável. Vá aumentando o tempo e o ritmo gradativamente, fazendo com que seus músculos, articulações e coração se acostumem à sobrecarga de trabalho.” Antes que “o da poltrona” a deixe temporariamente, no entanto, é necessário agendar uma avaliação médica e física. Consulte um profissional de educação física para acompanhar suas atividades e prescrever treinos.

A atividade, obviamente, produzirá melhores efeitos (leia-se emagrecimento) se for praticada de forma regular. O tal “bichinho da corrida” pode te morder. Mas você deve ajudá-lo. Recrutar amigos para acompanhá-lo nessa empreitada é uma ótima estratégia. Você terá estímulo e companhia para conversar ao longo da atividade. Se esse(a) parceiro(a) saudavelmente exercer um papel de vigilância, você terá mais dificuldade para fugir do treino. É bom que você escolha companheiros com nível de condicionamento ao menos similar ao seu. Tentar acompanhar alguém com nível mais elevado pode representar um risco de lesão. Não exagere, seja constante. E divirta-se!

Entrando em forma

1 – O início de uma rotina de atividade física para quem está acima do peso e quer entrar em forma deve ser leve. Basta vencer a preguiça. Começar caminhando confortavelmente por 20 a 30 minutos está não alcance. Gradativamente, o ritmo e a quantidade de minutos vão se elevar. É bom frisar: gra-da-ti-va-men-te. Não é preciso ter pressa. Seus músculos, articulações e coração necessitam de tempo para se acostumar à sobrecarga de trabalho. A boa notícia é que eles vão se acostumar.

2 – Não deixe de se submeter a uma avaliação médica e física antes de iniciar a atividade. Os exames são importantes, inadiáveis, inevitáveis. Agende, compareça no horário. Leve a sério. Negligenciar este item é negligenciar a sua qualidade de vida.

3 – Consulte um profissional de educação física para te acompanhar ao longo dessa caminhada (no sentido metafórico). Ele vai elaborar planilhas, te orientar. Escute-o e converse com ele. A
relação entre treinador e aluno é sagrada.

4 – Faça um esforço para praticar a atividade física regularmente. Um compromisso se sobrepôs à agenda? Seja honesto consigo mesmo, não pratique a autossabotagem. Em outras palavras: se você praticá-la, o prejudicado será… você.

5 – Não economize na hora de providenciar roupas e calçados adequados. Não cisme de tirar do armário tênis fabricados para a prática de outros esportes. Um Air Jordan, por exemplo, tem um excelente sistema de amortecimento. Mas você não vai saltar para apanhar um rebote. Você vai caminhar, depois vai correr. Você também não vai bater uma bola com o pessoal da firma… Já deu pra entender, né?

6 – Capriche nos alongamentos antes e depois do exercício. Um novo corredor é uma página em branco. Não a encha com vícios tão comuns em veteranos preguiçosos. Alongue-se, sinta o prazer de preparar sua musculatura da maneira correta. Não sente prazer com isso? Não importa. Capriche da mesma forma.

7 – Outro profissional que você deve ouvir: um nutricionista. Reeducação alimentar é fundamental. É necessário ter um balanço calórico negativo (menor ingestão x maior gasto). Isso se alcança por meio de um programa individualizado, estabelecido tendo como norte um objetivo. Os objetivos valem a pena: maior qualidade de vida, bem-estar, reconciliação consigo mesmo.

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