Colunistas - Rodolfo Bonventti

Era Uma Vez - Escrava Isaura

1 de Setembro de 2016

 

Em 1976, na Globo, a história da escrava que conquistou o Brasil e o mundo

 

Em 11 de outubro de 1976, a TV Globo estreava aquela que viria a se transformar no maior êxito em novelas no horário das 18 horas da emissora. Tratava-se de “Escrava Isaura”, bela adaptação de Gilberto Braga do livro de Bernardo Guimarães.

Com apenas 100 capítulos, a décima novela da emissora exibida no horário das 18 horas foi um sucesso como poucos na história da nossa teledramaturgia, conquistando alta audiência, grande repercussão na imprensa e consagrando Lucélia Santos e Rubens de Falco.

A trama se passava na época da luta abolicionista no Brasil, tendo a paixão doentia de um senhor rico por uma escrava branca como a mola condutora de toda a história. Isaura era uma escrava órfã desde o nascimento, criada por uma senhora rica, cujo filho Leôncio, cruel e vingativo, se apaixona pela escrava passa a lhe aplicar castigos cruéis por ela não corresponder ao seu amor e aos seus caprichos.

Para viver a sofredora e jovem e bela escrava Isaura, os diretores Herval Rossano e Milton Gonçalves escolheram a novata Lucélia Santos, que correspondeu ao papel, se transformando rapidamente em uma das grandes estrelas da TV Globo ao final da novela. Bem como uma atriz conhecida e reconhecida internacionalmente, já que a novela foi vendida pela emissora carioca para quase 100 países.

Para o veterano ator Rubens de Falco, a novela também foi um marco na sua carreira, ao interpretar com maestria o odioso vilão Leôncio, que lhe trouxe também prestígio nacional e internacional e vários prêmios como o melhor ator de TV em 1976.

Escrava Isaura” foi também uma das novelas mais reprisadas pela emissora até hoje e ganhou uma versão na TV Record muitos anos depois, também com alto índice de audiência.

Um grande elenco foi reunido pela emissora para a novela de Gilberto Braga, onde além de Lucélia e Rubens de Falco, se destacaram também Edwin Luisi como o apaixonado Álvaro; Norma Blum como a doce Malvina, primeira mulher de Leôncio; Beatriz Lyra como Ester, a dona e protetora de Isaura e Léa Garcia vivendo Rosa, uma invejosa escrava que procurava sempre prejudicar Isaura.

Totalmente colorida, “Escrava Isaura” terminou em fevereiro de 1977, registrando índices até então não conhecidos pela emissora no horário das 18 horas, início do chamado horário nobre, e reforçando a tese de que o público das seis da tarde era ávido por novelas de época.

No grande elenco ainda apareciam Roberto Pirillo, Átila Iório, Gilberto Martinho, Elisa Fernandes, Mário Cardoso, Zeny Pereira, Dary Reis, Isaac Bardavid, Haroldo de Oliveira, Neusa Borges, Ângela Leal, Ítalo Rossi, Francisco Dantas, Myriam Rios, Ary Coslov, André Valli, Maria das Graças, Carlos Duval, José Maria Monteiro, Lady Francisco, Clarisse Abujamra, Aguinaldo Rocha, Amiris Veronese, Mário Polimeno, Gilda Sarmento, Janser Barreto, Edyr de Castro e a participação especial de Henriette Morineau como Madame Madeleine.

Foto 1 -  A novela marcou a estréia de Lucélia Santos na televisão

Foto 2 - Houve uma perfeita sintonia entre Rubens de Falco e Lucélia Santos

Foto 3 -  Lucélia Santos e Edwin Luisi formaram o casal central da novela de Gilberto Braga

Foto 4 -  A apresentação da novela exibida pela TV Globo em 1976

Foto 5 - Cena de "Escrava Isaura" com  Rubens de Falco e Norma Blum

Foto 6 - Outro par no início da história era formado por Lucélia Santos e Roberto Pirillo

Foto 7 - O veterano Átila Iório entre Lucélia Santos e Milton Gonçalves

Foto 8 -  Cena com Rubens de Falco e Haroldo de Oliveira em destaque

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