O passivo ambiental do processo de produção sucroenergético, como bagaço da cana e as cinzas da caldeira, está sendo utilizado como matéria prima para a fabricação de tijolos ecológicos, que reduzem o custo global da obra em até 40%. O produto está sendo exposto no “Espaço de Inovação” na 24ª Fenasucro & Agrocana, que acontece até sexta-feira (26/08), em Sertãozinho (SP).
Tijolo ecológico reutiliza passivo ambiental do bagaço de cana |
Foto: Tayla Coelho |
De acordo Robson Binhardi, representante da I9 Construindo, empresa responsável pela produção do tijolo, o conceito ecológico também envolve o processo de produção do material, que utiliza prensa e não forno. “Assim como damos uma solução para os resíduos do processamento da cana, desenvolvemos uma técnica de prensa que substitui a necessidade de passar o tijolo no forno, o que representa economia de combustível e a eliminação da emissão de gases”, afirma Binhardi.
Outra vantagem apontada é a redução de cimento na acomodação dos tijolos, em razão do formato que permite encaixe, e elimina o desperdício de material para a implantação das instalações elétricas e encanamento, em virtude de já ter os espaços pré-moldados para as conexões e tubos. “O projeto visa reduzir o desperdício de material, já que desenvolvemos um formato onde o uso de massa de cimento cai em até 85%, já que eles podem ser encaixados. Assim, como não é necessário quebrar a parede para instalar os tubos e conexões porque já conta com perfurações para isso”, afirma Binhardi.
De acordo com o representante da empresa, o uso do bagaço da cana e das cinzas da caldeira, além de gerar um produto resistente também apresenta um bom resultado no acabamento térmico e acústico.