Colunistas - Rodolfo Bonventti

A última novela em preto e branco da Globo resgatava a geração dos anos 60

15 de Agosto de 2016

Com 160 capítulos, dos quais apenas o último foi em cores, “Estúpido Cupido” de Mário Prata, foi um dos grandes sucessos do horário das 19 horas na TV Globo. Uma idéia brilhante do autor de retratar a geração dos anos 60 a partir dos habitantes de uma pequena cidade no interior de São Paulo.

 

Em Albuquerque, a fictícia cidade criada por Mário Prata, todos aguardam com muita ansiedade a visita e a apresentação da cantora Celly Campello. E a partir daí se desenvolvem várias tramas que relatavam com muita fidelidade os valores e pensamentos da nossa sociedade nos anos 60.

 

Um dos destaques da trama é, por exemplo, a eleição da Miss Brasil daquele ano, um evento que na época fazia todas as famílias grudarem seus olhos e sua atenção em frente ao aparelho de TV. E Albuquerque tem sua candidata ao concurso, a jovem Maria Teresa, por sinal uma das favoritas para ganhar o título e a coroa de Miss Brasil.

 

Com uma trama criativa e divertida e um elenco de atores jovens muito competentes, “Estúpido Cupido” foi um grande sucesso e conseguiu apresentar um retrato fiel das mudanças de comportamento que envolveram a sociedade brasileira e mundial nos anos 60, com uma caracterização de época perfeita com o surgimento dos primeiros jeans, dos blusões de couro, dos vestidos de bolinhas e das lambretas pelas ruas das cidades.

 

Ao lado de veteranos com Leonardo Vilar, Maria Della Costa, Mauro Mendonça, Marilu Bueno, Ida Gomes, Enio Santos, Célia Biar e Emiliano Queiroz, entre outros, um dos grandes diferenciais da novela foi o elenco jovem onde estavam  Françoise Forton, Ricardo Blat, Elizabeth Savalla, Luiz Armando Queiroz, Ney Latorraca, Djenane Machado, João Carlos Barroso, Nuno Leal Maia, Sonia de Paula, Heloisa Raso, Tião Ribas D’Ávila, Heloisa Millet e Ricardo Garcia.

Entre os grandes personagens e destaques da novela estavam o desmemoriado Belchior que apresentava um programa de rádio direto da praça, vivido por Luiz Armando Queiroz; a irmã Angélica, muito moderna para a época, interpretada por Elizabeth Savalla; Mederiques, o playboy que era fã de Elvis Presley e líder da “gang” de jovens lambreteiros da cidade, criado por Ney Latorraca e as fofoqueiras Adelaide e Eulália, que tudo sabiam e tudo viam,vividas por Célia Biar e Kleber Macedo com muito talento.

 

Uma das boas experiências de novela no horário das 19 horas da TV Globo, e que ficou na história da nossa teledramaturgia como o melhor momento do autor Mário Prata na TV e um sucesso na carreira de todos os atores que participaram da história, que teve a brilhante direção de Régis Cardoso e deixou o ar em 28 de fevereiro de 1977.

Foto 1 - A abertura da novela que foi um dos maiores sucessos das 19 horas

Foto 2 -  Leonardo Vilar, Maria Della Costa e Françoise Forton estavam no grande elenco

Foto 3 -  Elizabeth Savalla e Ney Latorraca, um dos vários casais da novela

Foto 4 -  Djenane Machado, Françoise Forton e Ricardo Blat em grandes trabalhos 

Foto 5 -  Ney Latorraca com Celly Campello em cena da novela de Mário Prata

Foto 6 -  Ricardo Blat, Tião Ribas D'Ávila, João Carlos Barroso e Ney Latorraca

Foto 7 -  Kleber Macedo e Célia Biar, as fofoqueiras que davam o toque de humor à novela

 

 

 

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