Viver - Saúde

HPV: mitos e verdades

12 de Julho de 2016

Popularmente conhecida como verruga genital ou crista de galo, o HPV é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus - grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes. As verrugas são indolores e são localizados em qualquer região genital (pênis e vagina) ou ânus, e podem ser únicas ou múltiplas, tendo tamanhos variados de 1 mm a vários centímetros. A infecção se dá por via sexual, mas há casos de transmissão da mãe para filho no parto normal ou através de contato indireto por compartilhamento de objetos pessoais como toalhas e roupas íntimas.

Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A ausência de verrugas não significa que a pessoa não tem HPV: muitos homens e mulheres são portadores e transmissores da doença, e nem desconfiam pela ausência de lesões detectáveis. Estima-se que 30 a  50% dos adultos com vida sexual ativa sejam portadores do vírus, e a maioria nem desconfia. Por este motivo, é recomendável realizar exames apropriados antes do início de qualquer relacionamento mais sério com relações sexuais.

A importância de saber que é portador de HPV (mesmo que não tenha verrugas) é a possibilidade de alguns tipos virais de HPV causarem câncer de útero, de ânus, e mais raramente, de pênis.

Segundo Dr. Flávio Iizuka urologista e diretor da Clínica Climedin,  os maiores mitos e verdades sobre o HPV e que provocam grande polêmica são:

1. Camisinha protege contra HPV: MITO. O homem pode pegar HPV na base do pênis ou no escroto, onde a camisinha não protege. E homens que já pegaram HPV nestes locais passam para a parceira, com ou sem uso de camisinha.

2. Diagnóstico de HPV é difícil: MITO. Atualmente existem exames de medicina molecular que são muito sensíveis e específicos (Ex: Captura híbrida em escovado genital e hibridização in situ em material de biópsia), e exames como colposcopia e peniscopia com biópsia ajudam na maioria dos casos.

3. Vacina para HPV pode ser aplicada em pessoas infectadas: VERDADE. Estudos indicam que a vacinação em portadores de HPV atua aumentando a imunidade, e diminui o risco de recidiva após tratamento. A vacina protege apenas para 2 ou 4 tipos de vírus, dependendo do tipo de vacina.

4. Destruir ou remover as verrugas com laser, nitrogênio líquido ou bisturi elétrico propicia a cura do HPV: MITO. Estas medidas são apenas higiênicas e estéticas, e como não abordam as lesões microscópicas, o paciente continua sendo portador e transmissor, e provavelmente terá recidiva das verrugas, se nada mais for feito.

5. HPV não tem cura: MITO. O HPV tem cura, através de tratamentos baseados no aumento de imunidade do paciente, que pode ser através de creme de imiquimode, e também pela eliminação de condições de baixa imunidade, como carência de vitamina D.

6. A Medicina é capaz de detectar quem adquiriu primeiro o vírus para afirmar se houve traição: MITO. O tempo de incubação do vírus antes de manifestar verrugas pode ser muito longo de 8 a 10 meses, abrindo a possibilidade de contágio por contato sexual anterior ao início do relacionamento do casal. Não se deve tentar buscar os culpados até porque é impossível, pois existe também a possibilidade de contaminação sem contato sexual, por via indireta, através de toalhas ou banheiros públicos. Muitos casais acabam brigando e separando, pela simples presunção de traição, sem que isto tenha acontecido de fato.

 

      Mais informações: www.climedin.com.br  -  (11) 3812-2922 e (11) 3032-4155

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