Colaboradores - Patrícia Fernandes

GOLPE DO MOTOBOY - VEJA COMO SE PROTEGER DOS CRIMES BANCÁRIOS

23 de Maio de 2016

Você sabia que 40% de todas as tentativas de fraudes no país são realizadas por telefone?

Trotes conhecidos como “golpe do Motoboy”, tem sido cada vez mais comuns, acontecem sempre por meio de uma ligação.

A maneira que os golpistas agem é sempre a mesma. Normalmente os criminosos ligam para a vítima fazendo se passar por um funcionário da operadora de serviço antifraude do banco e avisam que o cartão foi clonado, a partir daí pedem que as vítimas sigam alguns passos para cancelar supostas compras efetuadas, de forma não habitual, através do seu cartão pela internet.

De forma prestativa, o atendente se identifica como sendo da área de segurança do banco e recomenda o bloqueio do cartão. Imediatamente, para escapar do suposto golpe, o cliente começa a passar dados cadastrais necessários para essa transação, após isso a ligação é transferida novamente ao falsário que informa que é possível descobrir onde o cartão foi clonado e oferece mandar um portador (motoboy) para retirar o cartão na residencia do cliente, solicitando que o mesmo escreva uma carta de próprio punho e corte o cartão ao meio, e o consumidor acreditando que o ato está em conformidade com o serviço bancário adota todos os procedimentos e entrega o cartão ao portador que comparece até o local combinado para retirar o cartão. Dessa forma, o golpe é todo concluído.

Além de possuir os dados do cliente, a quadrilha tem ainda o cartão – que a vítima acredita estar bloqueado- em mãos.

Após isso, o consumidor é surpreendido com compras realizadas com o cartão entregue ao portador (motoboy), que em poucas horas utiliza todo limite de crédito e não raramente tal limite ainda é extrapolado em decorrência da liberação de valores extras por parte da operadora.

Esse é um dos golpes mais recentes envolvendo uso de dados do cartão de crédito que têm sido aplicados.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica que os setores de fraudes podem ligar para confirmar uma transação.  Se o cliente notar algo estranho, deve desligar e entrar em contato com a central de atendimento usando os telefones indicados no site do banco.

Nem sempre é fácil detectar um novo esquema de roubo, mas há alguns cuidados que os clientes podem tomar para se prevenir. Veja a seguir algumas dicas para proteger o seu dinheiro e não cair na conversa de quadrilhas.

No caso de cancelamento ou bloqueio de cartão, o banco não pede a digitação de qualquer senha. O banco também nunca solicitará a devolução de cartões, mesmo inutilizados. E para não deixar dúvidas, o cliente deve destruir o chip.

Como o chip contém algumas informações importantes do cliente, sempre que for inutilizar um cartão vencido ou cancelado, corte o chip. Romper o cartão no meio não garante segurança. Nesses casos, os ladrões podem usar a numeração do cartão para criar uma nova tarja magnética e enviar o cartão para fora do País. Com o rompimento do chip, seus dados estão seguros.

Ao perceber a lesão o consumidor deverá adotar os procedimentos junto a operadora, que, na maioria das vezes, informam que não cancelará o débito, como consequência restará ao consumidor pagar pelas compras não realizadas ou questionar as transações judicialmente.

Em outra seara, infelizmente, as pessoas que foram vítimas do “Golpe do Motoboy”, na grande maioria das vezes, precisará contratar o advogado de sua confiança para a proteção dos seus interesses.

DENÚNCIE

Caso receba algum tipo de ligação, comunique essas situações inusitadas ao banco.

O “Golpe do Motoboy” pode ser inibido com certa facilidade, bastando apenas que o consumidor ao receber qualquer ligação informando sobre qualquer tipo de fraude desligue o telefone e ele mesmo ligue para a central de atendimento do banco, e em caso de dúvida o cartão deverá ser destruído fisicamente, tanto na parte da tarja magnética quanto do CHIP.

Em caso de retenção do cartão no caixa automático, aperte a tecla anula ou cancela e comunique-se imediatamente com o banco.

O mesmo vale para depósitos que não emitirem comprovante. Nesses casos, provavelmente o envelope foi “interceptado” por alguma alteração no caixa feito pelas quadrinhas.

Ao notar algo estranho, procure sempre usar o próprio telefone para contato com o banco.

Alguns golpistas conseguem “instalar” celulares nos telefones dos terminais eletrônicos e a ligação já vai diretamente para as quadrilhas. As quadrilhas conseguem, com máquinas alteradas, pegar os dados público do cartão que ficam no chip (numeração, data de validade, por exemplo). No entanto, o código de segurança, que fica na parte de trás do cartão, não é possível pegar pela máquina. Nesses casos, os ladrões precisam que o operador do aparelho anote o número.

Tome cuidado também ao utilizar telefone de desconhecidos. Voce poderá não estar falando com representante do banco, por isso nunca aceite ajuda de estranho e não dê seu cartão para ninguém, pois os golpistas conseguem trocar o cartão da vítima sem que ela perceba e fazem transações livremente.

A Febraban alerta que fraudadores têm se passado por funcionários para copiar dados de cartões e obter senhas. Além disso, ladroes costuma agir em duplas e enquanto um distrai o cliente o outro tenta roubar as informações.

Ao utilizar-se de computadores para fazer transações on-line, compras e pagamentos é bom ter sempre cautela mantendo um antivírus atualizado instalados no computador. Em caso de infecção de uma máquina, os ladrões criam uma “pagina espelho” do banco e de sites de compra e conseguem ter acesso a todos os dados dos clientes.

Tomem cuidados com e-mails não solicitados de procedência desconhecida, especialmente se tiverem arquivos anexados. Correspondência eletrônicas também podem trazer programas desconhecidos que oferecem diversos tipos de riscos à segurança do usuário.

Não deixe de informar a polícia caso possua o número de origem da chamada.

Assim a polícia pode identificar o criminoso.

Quem tiver informações pode ligar para o disque denúncia:  181. O anonimato é garantido.

DENUNCIAR E AJUDAR A COMBATER AS FRAUDES É UMA NECESSIDADE E UM DEVER DE TODOS

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