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Boa Vista Serviços: pedidos de falência recuam 17% em junho

3 de Julho de 2013

Dados da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), com abrangência nacional, mostram que os pedidos de falência em junho recuaram 17% em relação a maio, e 13,5% contra o mesmo mês de 2012. No acumulado de 2013, também houve queda de 2% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Falências Decretadas

As falências decretadas, por sua vez, cresceram 31,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e acumulam aumento de 22,7% em 2013. Na comparação mensal, os decretos apresentaram queda de 4,1%.

Recuperação Judicial

Os pedidos e os deferimentos de recuperação judicial apresentam expansão no acumulado do ano de 16,7% e 49,1%, respectivamente. A tabela 1 resume os dados.

 

O primeiro semestre de 2013 começa a apontar melhores tendências em quase todos os indicadores de insolvência das empresas. O ritmo de crescimento para os pedidos de falência vem diminuindo, enquanto que o ritmo de recuperação judicial aumenta consistentemente na comparação com o fechamento do primeiro trimestre deste ano, frente ao mesmo trimestre do ano anterior (quando variaram +5,0% e -1,6%, respectivamente).

Já o número de recuperações judiciais mantém seu elevado ritmo de crescimento no ano (cresceu 46,7% até o 1º trimestre), enquanto o aumento das falências decretadas ainda repercute resquícios do grande aumento de pedidos do passado recente (uma vez que apresentou alta de 13,5% até março). A esperada recuperação da atividade econômica e a expectativa de queda na inadimplência de empresas e consumidores devem favorecer a melhoria da situação financeira das empresas para os próximos meses do ano.

Distribuição das falências e recuperações judiciais por porte

A tabela 2 mostra como estão distribuídas as falências e recuperações judiciais por porte de empresa no primeiro semestre deste ano. As pequenas empresas, por exemplo, representam cerca de 86% dos pedidos de falências e 98% das falências decretadas. Utiliza-se para a classificação de porte de empresa aquela adotada pelo BNDES e aplicável a todos os setores da economia[1].

Distribuição das falências e recuperações judiciais por setor

Na divisão por setor da economia, durante o primeiro semestre o setor de serviços foi o que mais contribuiu para o aumento do número nos pedidos de falência, ultrapassando o papel assumido pela indústria até o fechamento do primeiro trimestre. Assim a configuração ao final dos seis primeiros meses do ano fica sendo: serviços, com 38% dos casos, seguido do setor industrial (35%) e do comércio (27%). Para os demais dados, segue o resumo apresentado na tabela 3 abaixo:

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